1.400 médicos abandonaram o SNS por vontade própria em três anos 08 de Janeiro de 2015 Em três anos, 1.400 médicos abandonaram o Serviço Nacional de Saúde (SNS) por sua iniciativa. Segundo dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), as saídas destes profissionais de saúde aumentaram em 2010, quando começou o congelamento salarial na função pública. Em 2011 e 2012 foram mais do dobro do que as que se registavam em 2009, mais de 500 por ano. Em 2013 baixaram para 387, sendo que, ainda assim, houve mais 40 médicos a rescindir do que a reformarem-se. Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), em declarações dadas ao jornal “i”, atribuiu as saídas à desmotivação e concorrência do setor privado, que tem fragilizado os serviços. O dirigente realçou ainda que um histórico elevado de saídas de médicos que não foram substituídas e o facto de as unidades estarem dependentes de autorização da tutela para contratações contribuiu para o evidenciar de lacunas este inverno, quando a maioria das unidades tem testemunhado que não há mais doentes do que noutros anos, apenas menos meios – não só médicos mas também enfermeiros e auxiliares. |