A presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde Almada Seixal (ULSAS) disse hoje que tem mandato por três anos, que acaba em dezembro de 2026, pelo que “continuará a trabalhar”.
“Temos um mandato por três anos, que acaba em dezembro de 2026. Continuaremos a trabalhar, como sempre, todos os dias para os nossos utentes”, afirmou.
Teresa Luciano falava aos jornalistas, segundo a Lusa, no final de uma visita dos autarcas do Seixal e Almada ao Hospital Garcia de Orta para a inauguração simbólica da área laranja do Serviço de Urgência Geral e dos equipamentos de diagnóstico recentemente adquiridos, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência e com orçamento próprio.
“A nossa missão e a missão dos profissionais deste Conselho de Administração da ULS Almada Seixal é tratar os seus utentes, é a razão da nossa existência, faremos sempre a nossa missão, com todo o empenho. Nós estamos em mandato. O nosso mandato começou a 01 de janeiro de 2024 com a Unidade Local de Saúde da Almada Seixal”, disse.
A presidente do Conselho de Administração da Unidade acrescentou que, no seu entendimento, todas as ULS foram criadas no início de janeiro, com um mandato de três anos que acaba em dezembro de 2026, e que “não tem nenhuma indicação de que sai no inicio de janeiro”.
Em setembro, segundo explicou Teresa Luciano numa audição parlamentar, o conselho de administração da ULSAS recebeu pelas 14:25 um telefonema de menos de três minutos da direção executiva do SNS a dizer que “a ministra tinha apreço pelo trabalho que desenvolviam, mas se podiam fazer cartas de rescisão”.
A responsável adiantou ainda que na conversa de menos de três minutos não houve uma fundamentação para a demissão e que, por isso, continuará em funções, saindo apenas com o fim do mandato.
Na quarta-feira o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) assegurou aos deputados numa audição parlamentar que a administração da Unidade Local de Saúde Almada Seixal “nunca foi demitida” e que terminará o seu mandato em 31 de dezembro, “tal como estava previsto”.
“O atual conselho de administração da ULS continua, e a quem muito agradecemos a sua dedicação e empenho. Termina o mandato em 31 de dezembro tal como estava previsto. Nunca foi demitido”, disse António Gandra d’Almeida na audição requerida pelos grupos parlamentares do Chega e do PS.
No mesmo dia o Conselho de Administração da ULS Almada Seixal (ULSAS) emitiu um comunicado indicando que as declarações do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde “não correspondem à verdade”.
Administração da ULS Almada Seixal acusa diretor executivo do SNS de faltar à verdade
No comunicado o Conselho de Administração (CA) lamentou “profundamente as afirmações proferidas” e explica que a sua reação surgiu “em defesa da sua honra, dos profissionais desta instituição e dos utentes”.
Além de reafirmar as declarações proferidas em sede parlamentar por Teresa Luciano o conselho de administração adiantou que a demissão foi confirmada pela secretária de Estado da Saúde, no Telejornal da RTP 1, que atribuiu a responsabilidade da mesma ao Diretor Executivo, tendo indicado, em primeira mão, o nome da personalidade escolhida para assumir a presidência do futuro CA da ULSAS.
“Não é, portanto, verdade que o Senhor Diretor Executivo do SNS não tenha comunicado verbalmente a demissão deste CA, que tenha dado alguma explicação para este facto, que não tenha solicitado o envio de cartas de rescisão, que tenha reunido com esta Administração, ou tenha manifestado qualquer intenção de ‘imprimir uma nova dinâmica de funcionamento’”, refere o conselho de administração no comunicado.
A Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (ULSAS) integra o Hospital Garcia de Orta e o Agrupamento de Centros de Saúde de Almada-Seixal, no distrito de Setúbal, dando resposta a 350 mil habitantes.