A inovação foi a protagonista do 12º Congresso das Farmácias. Dado que, «se há algo que caracteriza as farmácias portuguesas nos últimos 40 anos e que vai continuar a caracterizar nos próximos é a capacidade de inovar». Inovar ao nível dos Sistemas de Saúde, na relação com o consumidor, nas tecnologias de Saúde e na contratualização constituem os eixos orientadores. “A Inovar Consigo” foi o mote do 12º Congresso das Farmácias, da Associação das Farmácias (ANF), realizado de 14 a 16 de abril, no Centro de Congressos de Lisboa, a par da Expofarma. Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF, declarou, à FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO, que «se há algo que caracteriza as farmácias portuguesas nos últimos 40 anos e que vai continuar a caracterizar nos próximos é a capacidade de inovar». Mas inovar a que nível? Olhando para o programa do evento, obtemos essa resposta: inovar ao nível dos sistemas de saúde, na relação com o consumidor, nas tecnologias de saúde e na contratualização. Já no simpósio científico, que decorreu no dia 14, se antevia esta questão da inovação ao nível dos Sistemas de Saúde, ao se falar, em particular, do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Subordinado ao tema “Farmácias: Rede de Inovação e Evidência no SNS”, destacaram-se das várias intervenções, como a relativa ao projeto-piloto USFarmácia, apresentado por José Luís Biscaia, da USF São Julião, e por Suzete Costa, do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR). O médico explicou que se trata de um projeto colaborativo inovador entre a unidade de saúde familiar (USF) e as farmácias locais, ao nível de áreas como, por exemplo, os riscos cardiovasculares, a hipertensão e dislipidemias e a infeção urinária. Usando o último problema de saúde citado como exemplo, José Luís Biscaia explicou sinteticamente que «é feito o teste na farmácia e, caso se comprove a infeção, é dispensado o antibiótico, sendo que posteriormente esta informação aparece na minha agenda, no sistema, e eu passo a receita». No fundo, «foram definidos uma série de protocolos de intervenção, todos baseados na evidência». Por seu turno, Suzete Costa salientou a importância de se «avaliar a satisfação dos doentes e dos profissionais envolvidos» e revelou ainda que os próximos passos passam pelo desenvolvimento da tecnologia final, pelo registar do ensaio-piloto e por sessões de formação às farmácias. Ainda no campo deste tipo de inovação, ou seja, de uma maior e melhor integração das farmácias nos Sistemas de Saúde, durante o simpósio científico, Francisco Batel Marques, da Associação para a Investigação e Inovação em Luz e Imagem, falava, entre muitos outros aspetos, na eventualidade da «disponibilização de serviços por prescrição médica» e afirmava que a logística da Farmácia «é a economia do conhecimento».
ANF: Órgãos sociais tomam posse no Congresso Tendo decorrido recentemente as eleições dos órgãos sociais da ANF, que contaram com a apresentação de uma candidatura única, a tomada de posse decorreu durante o 12º Congresso das Farmácias, ao final do dia 14 de abril. João Silveira, presidente da Mesa da Assembleia Geral, revelou que «tivemos uma forte participação por parte dos associados: cerca de 80%». O farmacêutico fez ainda «um balanço muito positivo dos últimos três anos» e ressalvou que melhorar a posição das farmácias «no Sistema de Saúde continuará a ser um grande desafio, com ameaças mas também com oportunidades». Paulo Cleto Duarte, que assume a continuidade na presidência da direçáo da ANF, sublinhou que atualmente «somos um setor tão ou mais unido do que éramos há três anos» e que uma das prioridades do próximo mandato será a «retoma da vertente económica das farmácias».
Novo protocolo de entendimento com as farmácias O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, anunciou durante a sessão de abertura do Congresso que vai ser assinado um protocolo de entendimento com as farmácias, que visa a «criação de novos programas integrados», o «lançamento de um projeto-piloto de dispensa de medicamentos até aqui dispensados exclusivamente em meio hospitalar» e «o pagamento de um valor fixo por cada embalagem de medicamentos genéricos dispensada nas farmácias». O valor ainda não é conhecido, mas tem como objetivo aumentar a quota de medicamentos genéricos. O governante reafirmou ainda que o objetivo do Governo é ter uma quota de mercado de 60% no final da legislatura. À FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO, Paulo Cleto Duarte explicou que o protocolo de entendimento «é um documento muito diferente daqueles que vimos no nosso País e até ao nível europeu, pois engloba uma vertente económica relacionada com aquilo que deve ser o pacote de remuneração adequada ao setor da farmácia e simultaneamente a forma como esse pacote remuneratório deve ser utilizado para gerar mais eficiência para o sistema. Isto é, como é que ele pode, por exemplo, gerar eficiência no combate ao desperdício, na redução da ida às urgências, na procura de soluções que, no fundo, promovam um benefício em saúde a troco de uma remuneração adicional e complementar». O presidente da ANF salientou que «temos a noção de que para ter uma remuneração adicional não é possível passar do regime atual para outro sem nos sujeitar ao escrutínio e à avaliação independente». Ainda de acordo com o responsável, o protocolo será assinado brevemente, sendo as medidas que preconiza implementada, «se não antes, no segundo semestre».
Inovar nos Sistemas de Saúde
Mas as farmácias para estarem à altura dos desafios que se avizinham precisam de apostar constantemente na sua melhoria contínua. Helena Amado, diretora técnica da Farmácia Luciano & Matos, participou na sessão paralela, da Glintt, “Kaizen – Hoje melhor do que ontem, amanhã melhor do que hoje!”. À FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO, a farmacêutica sublinhou que o kaizen, é «uma metodologia de melhoria continua, com origem na indústria japonesa, no pós-guerra. Face à evidência dessa melhoria continua, passou também a ser aplicada nas mais diversas áreas que envolvam pessoas, pois o kaizen é feito pelas pessoas e para as pessoas, e acrescenta valor à organização». Assim sendo, tem aplicação na Farmácia e, por este motivo, «a sua implementação tem sido bem acolhida, dado que o kaizen é de facto uma abordagem de bom senso e baixo custo, numa estratégia para a melhoria contínua». Tendo a sessão paralela como objetivo «passar a mensagem de que existem ferramentas úteis e de fácil implementação, com ganhos evidentes para as farmácias, atrevo-me a dizer que correu bem», referiu Helena Amado, rematando que «a mensagem passou, o que nos leva a concluir que os nossos objetivos foram atingidos».
Workshop FD “Gestão da Farmácia: fatores críticos sucesso” Da responsabilidade da FD, decorreu, na Expofarma, o workshop “Gestão da farmácia: Fatores críticos de sucesso”. Henrique Silva, diretor de marketing e vendas da Hollyfar, comentou o «grande sucesso» desta iniciativa que teve como key speaker António Hipólito de Aguiar e contou com a participação de Mélanie Duarte, da Farmácia Luciano & Matos, a primeira vencedora do Prémio Almofariz Farmácia do Ano (2014) e foi assistida por mais de 70 profissionais.
Farmácias mal geridas Em tempos que «não são fáceis», como salientou Paulo Silva, diretor da FD, no início do workshop, «há farmácias a trabalhar bem e a ter sucesso». No entanto, existem outras que «ainda são mal geridas», denunciou Hipólito de Aguiar. O que no contexto económico atual é um problema, daí que o farmacêutico defenda, como chaves de sucesso para o futuro da Farmácia, «o atrair, o segmentar e o rentabilizar». Por outro lado, salientou que «não devemos concentrar-nos nos medicamentos, temos é de retomar algumas áreas» que já foram da Farmácia. Hipólito de Aguiar saleintou ainda que «temos de dar boas razões ao Estado para acreditar que há mais-valias económicas no nosso aconselhamento». Quanto a Mélanie Duarte, a farmacêutica explicou, à FD, após a sua intervenção, que aquando o momento da Luciano & Matos concorrer ao Prémio Almofariz Farmácia, em 2014, «tivemos de fazer uma análise sobre o nosso trabalho, o que nos deu uma visão sobre tudo aquilo que fazíamos bem e menos bem». Deste modo, «foi possível, através dessa análise, melhorarmos nas áreas onde não estávamos a trabalhar tão bem». No âmbito das áreas identificadas como “problemáticas”, Mélanie Duarte explicou que «somos uma equipa de seis farmacêuticos e percebemos que estávamos a perder muito tempo com trabalho burocrático, como tal, introduzimos metodologias para nos podermos dedicar mais tempo aos nossos utentes». Resumindo, «a principal área onde fizemos questão de melhorar foi na da intervenção farmacêutica». Henrique Silva frisou que o processo de candidatura ao Prémio Almofariz Farmácia do Ano é relativamente simples, mas realmente «implica uma análise do trabalho da Farmácia em várias áreas», sendo que «essa análise, no meu entender, reforça o espírito de equipa, aumentando os níveis de motivação e a vontade de superação». O diretor de marketing e vendas da Hollyfar confidenciou ainda que, aproveitando a presença na Expofarma, «divulgámos e esclarecemos dúvidas sobre o Prémio Almofariz Farmácia do Ano que tem uma nova data limite de candidatura – 30 de junho».
Formação FD O diretor de Marketing e Vendas da Hollyfar explicou igualmente que tendo em conta a presença da FD na Expofarma, «ainda aproveitámos a ocasião para divulgar as ações de formação Farma Sessions 2016, que se vão iniciar em maio, e o Curso de Formação “Indicação Farmacêutica e Acompanhamento Farmacoterapêutico para a Contraceção Hormonal de Emergência”, ambos organizados pela revista FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO e com inscrição através do portal Netfarma.pt ou via email: formação@netfarma.pt», acrescentando que «promovemos também os livros da Coleção FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO e tivemos uma emissão, em contínuo dentro do stand, com vários conteúdos do Canal Netfarma TV. Deste modo, segundo o responsável, a presença da FD na Expofarma, foi «uma forma diferente de estar com os nossos leitores – as farmácias e os seus profissionais – bem como os estudantes de Ciências Farmacêuticas».
Inovar na relação com o consumidor
Informação, comunicação e tecnologia são conceitos fundamentais neste contexto da inovação e, por isso, não é de estranhar que as tendências que marcam os cuidados de saúde a nível global passem por aqui. Philip Evans, um dos responsáveis pelo Boston Consulting Group, identificou o big data, a inteligência artificial, a Internet of Things e os dispositivos móveis como as quatro “megatendências”. Sendo que em termos da sua aplicação na Saúde, o preletor indicou que «o foco deve passar da doença para o bem-estar» e, deste modo, deve-se preferir uma filosofia centrada no paciente (e home-based) ao invés de uma hospitalocêntrica.
O que une os grupos de farmácias «Todos os grupos começam por ser grupos de compras, mesmo que evoluam para mais», declarou o Pedro Barreira, da Addo Pharm, acrescentando que «começámos por obter boas margens, mas não é isso que queremos: queremos mais integração». O farmacêutico falava durante o workshop Expofarma, promovido pela Alliance Healthcare, “Grupo de farmácias – O que nos une”. Pedro Barreira ressaltou ainda que o grande desafio dos grupos é «atraírem mais clientes com as ações que desenvolvem e a imagem que criam junto da comunidade». João Correia da Silva, da HealthPorto, referiu que «aquilo que nos une é a Farmácia e, por isso, nunca podemos perder o foco nela». O farmacêutico defendeu ainda que haverá uma «seleção natural, em que a Indústria Farmacêutica vai apostar nos grupos que criam valor». Outro dos oradores convidados foi Pedro Pires, administrador do Grupo Holon, para quem é fundamental saber «onde está a sílaba tónica». Assim sendo, declarando que tinha ido verificar o Facebook dos diversos responsáveis dos restantes grupos, rematando que enquanto «vocês falam de descontos, eu falo de doentes crónicos». Dando voz à Rede Claro, Pedro Vasques explicou que «encaramos os parceiros como clientes para a nossa proposta de valor ser mais robusta». Por outro lado, segundo o farmacêutico, «são as nossas farmácias que indicam o caminho». Por fim, Pedro Ferreira, do grupo Mais Farmácia, esclareceu que «o que nos une é a preocupação constante pela melhoria do negócio». Neste sentido, revelou que «cada euro de investimento em 2016, resultou num retorno de mais de 16 euros».
Após a intervenção dos oradores, a plateia estava essencialmente interessada em questionar Pedro Pires acerca da aquisição do Grupo Holon pela Celesio. O farmacêutico esclareceu que «o interesse é no modelo que está constituído, ou seja, o objetivo é ganharem know-how com o modelo que preconizamos». Sintetizando, «o que está a ser comprado não são as farmácias, mas o conceito», rematou. Inovar nas tecnologias de saúde Falando em tecnologia, acaba por ser inevitável falar da Indústria Farmacêutica (IF). De acordo com Kenneth Kaitin, do Tufts Center for the Study of Drug Development nos EUA, «a patente de muitos produtos top selling está a expirar», o que representa um grande desafio para as companhias que os detém. O ideal era que essas empresas conseguissem, através da pesquisa e do desenvolvimento, «encontrar um substituto». No entanto, Kenneth Kaitin alertou que a IF «não está a gerar lucros suficientes para acompanhar os custos crescentes de investigação e desenvolvimento». E, por isso, do seu ponto de vista, a «aposta em parcerias dentro dos cuidados de saúde» e «um papel redistribuidor da regulação» podem ser alguns dos caminhos a seguir. Para Hélder Mota Filipe, membro do conselho diretivo da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED), o grande desafio é a inovação na «investigação clínica, na introdução de medicamentos no mercado e no financiamento». Em Portugal, segundo o responsável, «dois mil milhões de euros do orçamento da saúde são para medicamentos» e o desafio reside em «criar mecanismos de acesso à inovação num orçamento que não é elástico». Deste modo, ressalvando que as novas tecnologias «continuam a ser um desafio para o sistema regulamentar», Hélder Mota Filipe defendeu uma «concertação europeia para financiar medicamentos».
Expofarma: «Um centro de negócio cada vez mais profissional» A Expofarma 2016, que decorreu a par do 12º Congresso das Farmácias, no Centro de Congressos de Lisboa, de 14 a 16 de abril, ficou caracterizada pela grande participação em termos de expositores. «Os 77 expositores presentes representam um crescimento de 10% em relação à última edição semelhante, realizada em 2013», revela Filipe Mota Rebelo, diretor da Expofarma. Também em termos de visitantes, as expetativas da organização foram superadas: «tivemos um aumento do número de visitantes, que foi, inclusive, superior às nossas expetativas», declara o responsável. Estas são as principais razões que levam Filipe Mota Rebelo a fazer um balanço «muito positivo» desta edição. Um centro de negócio Deste modo, para Filipe Mota Rebelo, a Expofarma é, hoje em dia, «um centro de negócio cada vez mais profissional», isto numa realidade onde «também a gestão da farmácia se tornou mais profissional». E, por isso, quem vai à Expofarma habituou-se, de acordo com o responsável, «a conhecer as mais recentes novidades de cada empresa, a atualizar conhecimentos e a dispor de campanhas específicas de feira». A este propósito, relembra também que se está perante um mercado extremamente dinâmico, não só ao nível das marcas como até de empresas, que «com inúmeras fusões e aquisições, têm na Expofarma o ponto principal de comunicação aos vários stakeholders do mercado, pois não existe outra forma de chegar a vários milhares de pessoas em tão pouco tempo». No fundo, este evento acaba por ser o «único local onde é possível encontrar a maior parte das empresas do setor e todas as soluções para a farmácia», reforça Filipe Mota Rebelo, acrescentando que «ficar a conhecer todo o mercado e a oferta de cada empresa num único local… em termos de utilização do tempo será, provavelmente, o melhor investimento». Acréscimo de valor Todas as edições contam com variadas atividades e animação desenvolvidas pelos expositores. Neste âmbito, Filipe Mota Rebelo destaca «o nível dos workshops e das sessões paralelas», tanto no relativo aos temas, como aos oradores, que, na opinião do responsável, «trouxeram um acréscimo de valor à Expofarma e deram muitas opções para os visitantes decidirem, consoante as suas preferências». Mais razões que contribuíram para que a Expofarma 2016 fosse um polo «rico em conteúdo formativo e de debate, além da vertente de negócio. Estes são os eixos principais de investimento da Expofarma, onde acrescento ainda o eixo do networking». Foi a pensar, precisamente, nesta questão que este ano foi criado um novo espaço dedicado ao networking informal. «Em parceria com o Monte da Ravasqueira e o Terras de Alter, o espaço Networking Wine And Cheese trouxe um ambiente descontraído no fim de cada dia de trabalho», refere Filipe Mota Rebelo. Por fim, o diretor sublinha que, com o mote da inovação, «tivemos também pela primeira vez uma app dedicada ao Congresso e à Expofarma, o que permitiu outra novidade: a votação pelos visitantes no stand que mais gostavam». Prémios Expofarma Nomeados e vencedores dos Prémios Expofarma: – Melhor Design – Sandoz (Medical Desig, Nuxe); Expofarma 2016 em números
Inovar na contratualização Com recursos finitos e a necessidade cada vez maior de uma aposta na prevenção da doença, é preciso encontrar novas soluções e estas podem passar, precisamente, pelo inovar na contratualização. Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde, frisou o estabelecimento de um novo protocolo de entendimento com as farmácias que, de certo modo, abre portas neste sentido, durante a sessão de abertura do congresso. Mas se Portugal começa a dar os primeiros passos neste âmbito, há países onde a contratualização com as farmácias já acontece há décadas. George Tambassis, presidente do Pharmacy Guild of Australia, destacou a importância do Community Pharmacy Agreemet – um acordo «único no mundo» que existe há 25 anos e vai na sua sexta renovação com o governo australiano – para manter um relação estreita com o Estado de alargamento e troca de serviços, sempre para «benefício mútuo». Já Rajesh Patel, da direção da National Pharmacy Association britânica, demonstrou, durante a sua intervenção, a influência dos constrangimentos económicos e sociais na assunção de um novo papel das farmácias, «mais próximas dos doentes» e capazes de «assumir serviços dos cuidados secundários». Por fim, Miguel Gouveia, da Universidade Católica Portuguesa, disse acreditar no «enorme potencial na rede nacional de farmácias comunitárias». Quando o envelhecimento da população é um fator de sobrecarga para os serviços de saúde, torna-se «crucial garantir uma boa adesão à terapêutica». Só assim se consegue «travar a progressão da doença e prevenir episódios agudos». E quem melhor para assumir esta responsabilidade que as farmácias? Na opinião do economista, estas «podem dar o seu contributo», daí que considere que o futuro destas unidades de saúde «seja risonho». Porém, para que esta transformação seja possível, é essencial que «os modelos de renumeração sejam sustentáveis», rematou Dennis Helling, da Colorado Skaggs School of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences. MNSRM-EF, uma oportunidade para as farmácias
Segundo Manuela Cabugueira, da Medinfar, «existem apenas seis DCIs comercializadas como MNRM-EF». Não obstante, para a oradora, os MNSRM-EF representam uma «oportunidade para a Indústria, para as farmácias e são interessante para os utentes». Por outro lado, são uma «oportunidade para o Estado que quer reduzir os gastos em Saúde», concluiu. Balanço do Congresso: «Estamos no rumo certo» – Que balanço faz do congresso? – Qual foi a grande mais-valia desta edição? – Qual foi o número de participantes neste Congresso? |