20 Milhões de euros para a investigação clínica 823

20 Milhões de euros para a investigação clínica

 


14 de fevereiro de 2018

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, anunciou hoje, um investimento em Portugal de «cerca de 20 milhões de euros em investigação clínica, num prazo até 2023».

De acordo com o referido por Manuel Heitor, aos jornalistas, na primeira edição da Gago Conference, evento que reúne, hoje, no Porto, investigadores e decisores para debater políticas de saúde na área do cancro, «a ideia é fazer-se uma agência de financiamento, como têm surgido noutros pontos da Europa, reunindo o esforço público e privado, partilhados igualmente». A criação de uma agência de financiamento para a investigação clínica será debatida no Conselho de Ministros na próxima quinta-feira (dedicado à Ciência).

«Estamos hoje aqui a antecipar, com um conjunto de cientistas, com o comissário europeu e líderes europeus, como é que Portugal pode acompanhar o grande desafio de até 2030 três em cada quatro doentes de cancro tenham perspetivas de vida longa», especificou o ministro. Neste sentido, «é preciso investir, reunir um esforço público e privado e é isso que tem sido debatido nos últimos seis meses para se criar um mecanismo novo em Portugal de financiar e de avaliar os chamados centros académicos clínicos».

Existindo já a Fundação para a Ciência e Tecnologia, a criação da nova agência, de acordo Manuel Heitor, citado pela “Lusa”, justifica-se por «esta área clínica ter mecanismos próprios de avaliação e de financiamento. É uma especificidade tão característica da própria atividade de investigação que muitos países, nomeadamente do centro e norte da Europa, já especializaram os mecanismos de financiamento e avaliação na área, criando agências especializadas».

O governante salientou, por fim, que «é esse o passo que estamos a dar, de especializar o nosso sistema de financiamento e avaliação na área clínica». O que possibilita uma aproximação da Europa, seguindo as melhores práticas, e este «é um passo decisivo» para melhorar a relação entre o sistema científico e o Serviço Nacional de Saúde.