A Base 1022

Todos reconhecemos que nos últimos vinte anos  houve uma grande modernização nas nossas farmácias.

Procuraram-se novos espaços, mais amplos, modernos, em novas zonas habitacionais, facilitando a acessibilidde das populacões.

A sua identificação desde o exterior tornou-se mais evidente, não só pela sinalização que a classifica como tal,  mas também pela modernidade, luminosidade, e áreas de público apetecíveis  e confortáveis. Espaçosas, bem mobiladas e repletas de produtos de consumo apelativo.

E ainda bem  assim foi. Os tempos de “folga finaceira” do setor assim o permitiu, e nós profissionais, percebemos a necessidade dessa evolução, como forma de nos afirmarmos enquanto parceiros na estrutura da saúde.

Criámos gabinetes de atendimento personalizado, enveredámos pela prestação de serviços ao utente, numa evidente demonstração das nossas capacidades profissionais. E fomos reconhecidos, é um facto.

Todas estas inovações foram, e são  sem dúvida, passos bem dados na consolidação das nossas pequenas estruturas empresariais.

No entanto, e de uma forma geral, a nossa atenção esteve muito focada nessa parte mais vísivel das nossas farmácias, e pouco virada para áreas menos tangíveis, mas absolutamente vitais como a gestão das nossas equipas.

Crescemos em espaço, na qualidade dos produtos e serviços de que dispomos, e também nos nossos recursos humanos.

E esta questão da necessidade de recursos humanos, foi sendo sempre encarada de forma simples e natural, como consequência da  nossa modernização.

Os últimos anos, – para o bem e para o mal – despertaram-nos para uma forma de estar na profissão totalmente diferente do “conforto e segurança” a que nos tínhamos habituado.

Rapidamente constatámos que tínhamos de “olhar” as nossas farmácias como empresas , e que para além de farmaceuticos tínhamos também de saber ser gestores mais atentos e eficazes.

E a valência mais importante de qualquer empresa é a dos Recursos Humanos, que fomos descurando enquanto nos ocupávamos da nossa face mais “visível”.

Sem Equipa tudo o resto de pouco vale…ou dito de outra forma, uma Equipa motivada com objetivos bem definidos, e com autonomia, não conhece limites aos desafios que lhe são propostos!

A Equipa é o alicerce e a base de toda a nossa atividade!

Gerir equipas nas farmácias deixou de ser uma técnica meramente administrativa, para passar a ser um Príncipio de Gestão absolutamente fundamental.

Para que todos os elementos da equipa desempenhem com sucesso as suas funções, é necessário que cada um esteja ciente das suas competencias e responsabilidades dentro da Organização, bem como o conhecimento claro sobre as regras, estratégias, e objetivos a atingir.

A delegação de responsabilidades por todos os elementos que constituem a equipa de acordo com as suas capacidades e apetencias, e uma comunicação sempre clara, objetiva e coerente, é a melhor forma de sedimentar e consolidar laços entre todos os elementos da mesma equipa, promovendo o envolvimento de todos, e fazendo com que todos rumem no mesmo sentido.

Nunca como agora o sucesso das nossas farmácias dependeu tanto da nossa capacidade de Gerir e Motivar as nossas Equipas.

Helena Amado, farmacêutica