A presidente da AFP, Manuela Pacheco, declara ao portal NETFARMA que foram dois os fatos fundamentais de 2018 – a Convenção Nacional da Saúde e o alargamento dos serviços das farmácias comunitárias -, enquanto revela o desejo que 2019 traga mais reconhecimento dos serviços farmacêuticos no SNS.
Em declarações exclusivas ao nosso portal, a presidente afirma que a realização da Convenção Nacional da Saúde marcou o setor da Saúde em geral e o desenvolvimento das farmácias comunitárias.
O evento foi marcante e decisivo, segundo Manuela Pacheco, pelo debate do futuro da Saúde em Portugal e para coletar as respostas de vários intervenientes para a alteração à Lei de Bases. Segundo Manuela Pacheco, a Lei de Bases é uma lei que «não estando obsoleta, não estava efetivamente a ser tida em conta».
Em relação aos serviços prestados pelas farmácias comunitárias, a presidente da associação quer «congratular o alargamento dos serviços prestados aos utentes em 2018».
Destaca como exemplo a publicação do diploma que vem permitir a realização de testes de rastreio ao VIH e Hepatites B e C nas farmácias e relembra ainda a atualização da portaria que define o regime jurídico das farmácias comunitárias, que veio alargar os serviços que as farmácias podem prestar. Termina este balanço dizendo que «estes foram alguns sinais de reconhecimento do papel ativo que as farmácias têm na promoção da saúde dos portugueses».
Para o próximo ano, a expetativa da presidente é que o «papel das farmácias e dos farmacêuticos seja devidamente reconhecido pelo Governo» e ambiciona que os serviços farmacêuticos sejam parte ativa e integrante do SNS.
A presidente da AFP relembra o papel das farmácias na sociedade e reforça ainda o papel fundamental destas no SNS, permitindo gerar todos os anos poupanças significativas ao SNS «evitando muitas deslocações desnecessárias aos hospitais e prevenindo o aparecimento ou o desenvolvimento de patologias que comportariam custos elevados para o Estado».
Por todos estes fatores, defende o tal reconhecimento farmacêuticos no âmbito do Serviço SNS e considera relevante uma maior interligação entre os diversos profissionais do setor da saúde, com foco no bem-estar dos cidadãos. Manuela Pacheco deixa ainda a questão «Se um médico prescreve um Raio X, porque não poderá também indicar aos seus utentes o recurso aos serviços farmacêuticos?»
Por fim, reforça que tal reconhecimento dos farmacêuticos na sociedade é «imprescindível para a sobrevivência e sustentabilidade financeira de muitas farmácias».