Abbvie revela resultados de ensaio em doentes coinfetados com hepatite C e VIH 399

27 de Fevereiro de 2015

A AbbVie anunciou que os resultados da primeira parte da fase 2 do ensaio clínico aberto de fase 2/3 da AbbVie, TURQUOISE-I, em pessoas coinfetadas pelo vírus da hepatite C (VHC) de genótipo 1 (GT1) e pelo vírus da imunodeficiência humana de tipo 1 (VIH-1) foram publicados online no “Journal of the American Medical Association” (JAMA).

De acordo com os resultados publicados e apresentados no The Liver Meeting 2014, o ensaio clínico TURQUOISE-I demonstrou que as pessoas coinfetadas pelo VHC de genótipo 1 (GT1) e pelo VIH-1, que receberam ombitasvir, paritaprevir, ritonavir (Viekirax) e dasabuvir (Exviera) com ribavirina (RBV) durante 12 ou 24 semanas, atingiram taxas de resposta virológica sustentada às 12 semanas após tratamento (RVS12) de 94 por cento (n=29/31) e 91 por cento (n=29/32), respetivamente.

As taxas de RVS12 foram de 91 por cento (n=51/56) para pessoas com infeção VHC GT1a e de 100 por cento (n=7/7) para as pessoas com infeção VHC GT1b.
 
«É comum haver doentes com coinfeção crónica de VHC GT1 e VIH, mas os dados que suportam o tratamento da infeção crónica pelo VHC nas pessoas coinfetadas têm sido limitados», afirmou, em comunicado, Michael Severino, MD, vice-presidente executivo do departamento de investigação e desenvolvimento da AbbVie.

«TURQUOISE-I é um dos poucos estudos dedicados especificamente a esta população que historicamente tem sido considerada difícil de tratar. Estamos orgulhosos por oferecer à comunidade infetada pelo VHC uma importante e nova opção de tratamento», acrescentou.
 
A combinação de ombitasvir, paritaprevir, ritonavir (Viekirax) e dasabuvir (Exviera) são contraindicados na coadministração com efavirenz, porque esta resulta na elevação da ALT. O componente ritonavir no regime terapêutico da AbbVie é um inibidor de protease de VIH-1 e pode permitir a seleção de resistência a inibidores da protease em doentes coinfetados pelo VIH-1. Para reduzir este risco, os doentes com coinfecção VHC/VIH-1 devem também estar sob um regime de tratamento antirretroviral (TAR) supressivo.

Os acontecimentos adversos mais frequentemente notificados e que ocorreram em pelo menos 10 por cento dos doentes no ensaio TURQUOISE-I foram fadiga (48 por cento), insónia (19 por cento), náusea (17 por cento), dor de cabeça (16 por cento), prurido (13 por cento), tosse (11 por cento), irritabilidade (10 por cento), e amarelecimento dos olhos (10 por cento).