As candidaturas à 3.ª edição da bolsa “Building Future Knowledge in mature B cell malignacies” abrem já no próximo dia 1 de março.
Esta é uma iniciativa da Associação Portuguesa Contra a Leucemia e da Sociedade Portuguesa de Hematologia, com apoio da biofarmacêutica Gilead Sciences, e tem como objetivo premiar o projeto de investigação em neoplasias de células B maduras mais promissor.
A bolsa, no valor de 15 mil euros, destina-se a projetos com a duração máxima de um ano.
“Mesmo no ano atípico que estamos a viver, não podíamos deixar de apoiar estes projetos, sendo isto um dos pilares do nosso trabalho diário. Mais uma vez, demonstramos assim o nosso compromisso em contribuir para a investigação das doenças hemato-oncológicas malignas”, afirma Manuel Abecasis, presidente da APCL, que desde 2003 já atribuiu mais de 450 mil euros em bolsas de investigação.
A mesma ideia é sublinhada por João Raposo, presidente da SPH, que refere ainda que “a Hemato-oncologia é das áreas oncológicas com maior taxa de sucesso na cura definitiva de um número bastante expressivo de doentes. Para mantermos essa taxa de cura é necessário continuar a fomentar e incentivar a investigação com projetos como esta bolsa que com tanta satisfação apoiamos.”
Podem candidatar-se a esta bolsa todos os investigadores nacionais ou estrangeiros, desde que os projetos estejam a ser desenvolvidos em instituições portuguesas. Valorizam-se projetos de caráter interdisciplinar e de colaboração entre instituições que se dediquem ao estudo das áreas do tratamento, diagnóstico, epidemiologia, qualidade de vida dos doentes e impacto a nível sociológico. As candidaturas podem ser enviadas para o email bolsas@apcl.pt e o regulamento deve ser consultado no site da APCL.
“Esta é a terceira vez que a Gilead apoia esta iniciativa, porque acreditamos na importância da promoção da investigação nacional na área das doenças hemato-oncológicas”, refere Vítor Papão, Diretor Geral da Gilead Sciences Portugal.
A coordenadora do projeto vencedor da primeira edição da bolsa, Sara Duarte, médica de Hematologia no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), considera que este é “um prémio que deu grande apoio ao nosso projeto e que nos dará a possibilidade de iniciar trabalhos posteriores mais vastos”, sendo que, no seu caso, o objetivo passou principalmente pelo uso deste “suporte financeiro nos estudos de citometria de fluxo”.
Este projeto, que recebeu a bolsa no valor de 15 mil euros, foca-se no Linfoma Linfoplasmocitico/Macroglobulinémia de Waldenstrom, um tipo de linfoma não Hodgkin, que não é muito frequente e caracterizado, pertencendo ao grupo dos linfomas indolentes.