De acordo com Ana Paula Martins, Portugal reconhece que uma abordagem de One Health é essencial para enfrentar a resistência aos antimicrobianos (RAM).
Durante a Reunião de Alto Nível sobre Resistência aos Antimicrobianos (RAM), que decorreu, em Nova Iorque, durante a 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, dedicada ao tema Investing in the present and securing our future together: accelerating multisectoral global, regional and national actions to address antimicrobial resistance, a ministra da Saúde declarou “que Portugal reconhece que uma abordagem de One Health — integrando saúde humana, animal e ambiental — é essencial para enfrentar a resistência aos antimicrobianos (RAM”).
Neste sentido, citada pelo portal do SNS, a governante sublinhou que “o Plano Nacional de Ação incorpora essa estrutura holística, o que levou a alguns avanços no controlo de infeções e na gestão do uso de antimicrobianos nas instituições nacionais de saúde”.
Não obstante, Ana Paula Martins admitiu que “estamos plenamente conscientes dos desafios únicos que a RAM apresenta, especialmente para populações de migrantes e refugiado.”
Em Portugal, “embora não tenhamos políticas específicas de RAM direcionadas a migrantes, são envidados todos os esforços para garantir o acesso equitativo aos cuidados de saúde para todos, independentemente do seu status ou origem”, assegurando “o acesso adequado ao diagnóstico, tratamento eficaz e medidas de prevenção de infeções em populações de risco é crucial na luta contra a RAM”, acrescentou.
A ministra da Saúde declarou ainda que o país “contribui ativamente para iniciativas globais de vigilância, como o GLASS – Global Antimicrobial Resistance Surveillance System, sistema global de vigilância da resistência antimicrobiana (RAM) criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2015 e a Rede Europeia de Vigilância ARHAI (Antimicrobial Resistance, Healthcare-Associated Infections – rede de vigilância da resistência antimicrobiana e infeções associadas aos cuidados de saúde, organizada no âmbito da União Europeia), e incentiva todas as nações a fortalecerem seus esforços na colheita de dados, particularmente em populações vulneráveis”.
Por fim, concluiu que “a RAM é uma crise que transcende fronteiras nacionais e grupos populacionais. A resposta de Portugal deve ser igualmente inclusiva, garantindo que os mais vulneráveis não sejam negligenciados e vai continuar a trabalhar de perto com todos os parceiros internacionais para combater a RAM e proteger a saúde pública a nível global”.