Acordo no hospital de S. João inclui questões de recursos humanos e de autonomia 24 de junho de 2014
O ministro da Saúde explicou esta segunda-feira que a resolução dos problemas no hospital de S. João inclui aspetos relacionados com recursos humanos, maior flexibilidade nos investimentos e maior autonomia dos estabelecimentos hospitalares.
«[O acordo] tem um aspeto de natureza imediata que é as questões de recursos humanos que estão pendentes para diversos hospitais e que nós pedimos junto do Ministério das Finanças que haja uma maior celeridade nestes processos e isso acontecerá para o centro hospitalar de S. João e para os outros», disse Paulo Macedo aos jornalistas, na Guarda, à margem do novo pavilhão do hospital local.
De acordo com a agência “Lusa”, o governante adiantou ainda que o entendimento também envolveu «uma questão em termos de maior flexibilidade nos investimentos» e «uma questão de fundo, que é o dar maior autonomia aos hospitais». «E, esta autonomia, todos concordamos com ela. Ou seja, claramente este Governo concorda, como será natural de perceber, numa maior autonomia para os hospitais. Agora, esta autonomia tem também de ser seguida de responsabilidade», acrescentou.
Paulo Macedo disse que «a autonomia será bastante mais fácil de conceder a quem tem as suas contas equilibradas do que a quem ainda tem défices grandes para reduzir».
Reconheceu ainda a necessidade de os serviços do Ministério da Saúde serem »mais céleres na satisfação dos recursos humanos que são solicitados».
«Temos neste momento concursos abertos para 200 profissionais em medicina geral e familiar, vamos abrir um novo concurso para mais de 300 médicos para a área de especialistas na área hospitalar», esclareceu.
Apontou ainda que o Governo vai abrir outro concurso para especialistas na área hospitalar e lembrou que, em janeiro deste ano, foram recrutados 1.700 médicos.
«Não há nenhuma outra área» na administração pública «que tenha recrutado este número de profissionais», observou o ministro Paulo Macedo após a inauguração do novo pavilhão do hospital da Guarda, que custou 55 milhões de euros.
Os diretores clínicos e de departamento do Hospital de S. João aceitaram continuar em funções até 15 de julho, data em que esperam que sejam postas em prática as medidas apresentadas pelo Governo para resolver as deficiências. |