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Açores esperam concluir primeiro Inquérito Regional de Saúde até outubro

23 de julho de 2014

O Governo dos Açores revelou hoje que está já no terreno o primeiro Inquérito Regional de Saúde, que espera concluir até outubro.

Segundo o secretário regional da Saúde, Luís Cabral, serão feitos 3066 inquéritos a residentes nas ilhas com idades entre os 20 e os 74 anos, tendo sido já realizados 274 desses questionários, nos concelhos mais pequenos dos Açores.

A recolha dos dados vai chegar agora «aos grandes centros», sendo o objetivo concluir todos os questionários nos próximos três meses.

«Para que no final de setembro, a meio de outubro, já possamos ter dados concretos para definir as estratégias de implementação e de investimento do Plano Regional de Saúde para o ano 2015», acrescentou, em declarações aos jornalistas na Praia da Vitória, à margem da apresentação o Inquérito Regional de Saúde.

Luís Cabral apelou aos açorianos para participarem neste inquérito, se foram contactados para o efeito, sublinhando a importância de haver dados «consistentes», «atualizados» e «específicos» sobre as doenças e hábitos dos residentes nos Açores, citou a “Lusa”.

«Este Inquérito Regional de Saúde (…) é um dos instrumentos fundamentais para nós, como Serviço Regional de Saúde, podermos planear as atividades, principalmente de saúde pública, na região», explicou.

Luís Cabral afirmou que aquando da elaboração do Plano Regional de Saúde 2014-2016, o executivo açoriano apercebeu-se da «dificuldade enorme» em encontrar dados relativos à saúde da população das ilhas, já que os últimos disponíveis são do Inquérito Nacional de Saúde de 2005/2006, em que os Açores também participaram.

O Governo dos Açores decidiu por isso avançar com um inquérito regional, «abrangente» e «representativo» do arquipélago, que «permita definir aquilo que devem ser as políticas de intervenção» de saúde «mais próximas» da realidade da região.

«Temos realidades diferentes [em relação ao todo nacional] em termos de incidência da obesidade, em termos de incidência de diabetes, doenças crónicas», exemplificou, sublinhando que as políticas de saúde «têm de ser dirigidas às patologias mais frequentes».

O cálculo da dimensão da amostra deste inquérito regional, representativa da população residente nos Açores, foi feito pelo epidemiologista Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

O inquérito é feito por enfermeiros das unidades do Serviço Regional de Saúde e pode levar até 40 minutos a ser respondido, disse Luís Cabral, insistindo no apelo à colaboração da população, a quem garantiu a total confidencialidade e segurança dos dados, que nunca serão tratados «de forma individual».

As pessoas poderão ser solicitadas a responder nas unidades de saúde ou na sua própria casa. Neste caso, Luís Cabral pediu a quem receber um contacto deste tipo para confirmar sempre a identidade do enfermeiro que receber em casa para a realização do inquérito.

O objetivo é que o Inquérito Regional de Saúde seja feito periodicamente, no início e final da vigência de um Plano Regional de Saúde, para avaliar do impacto e eficácia das medidas.