Açores vão contratar mais 105 enfermeiros para o Serviço Regional de Saúde
02 de setembro de 2014
O presidente do Governo dos Açores revelou ontem que a região vai contratar mais 105 enfermeiros para o Serviço Regional de Saúde, número que será complementado com mais 55 lugares ao abrigo do programa “Estagiar L”.
«Tive a oportunidade de transmitir ao Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e ao Conselho Diretivo Regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros que o Governo Regional tomou já a decisão de contratar mais 105 enfermeiros que vão satisfazer necessidades quer dos centros de saúde, quer dos hospitais», disse Vasco Cordeiro.
O chefe do executivo açoriano, que falava aos jornalistas no final de um audiência concedida ao Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e à Ordem dos Enfermeiros, em Ponta Delgada, referiu que segue-se agora a fase de lançamento dos concursos públicos por parte das entidades com responsabilidade nesta matéria, visando a colocação dos enfermeiros.
«Isto constitui um fator valorizador de como os cuidados de saúde são prestados na nossa região e o reforço das condições que o Serviço Regional de Saúde tem para que se preste um serviço de qualidade, com profissionais empenhados, dedicados que correspondem às necessidades dos açorianos e das açorianas», declarou.
Tiago Lopes, da Ordem dos Enfermeiros, considerou a admissão de mais 105 enfermeiros como um «ponto de partida», mas disse que gostaria de saber, em concreto, qual o destino destes profissionais e qual o número real necessário nos Açores.
No sábado, em declarações aos jornalistas, Tiago Lopes disse que a ordem pretende fazer um levantamento, até ao final do ano, do número de enfermeiros em falta no Serviço Regional de Saúde dos Açores.
Quanto ao dirigente da delegação dos Açores do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, pediu ao presidente do Governo Regional que, «a curto prazo», uniformize os salários dos profissionais de saúde que possuem um contrato individual de trabalho e os que estão integrados no regime da função pública.
«Outra questão que nos preocupa é o regresso dos enfermeiros às 35 horas, uma vez que ainda não regressamos, contrariamente a toda a função pública. Nós temos um entendimento jurídico neste sentido, o Governo Regional não tem esse entendimento sem o banco de horas», declarou Francisco Branco.
Vasco Cordeiro considerou ser «pouco justificável» que os enfermeiros do Serviço Regional de Saúde venham a ter um horário de 35 horas semanais sem aderir ao banco de horas, ao contrário do que aconteceu com todos os restantes trabalhadores da função pública regional.
«Este é um aspeto que o Governo Regional considera essencial. Obviamente que a profissão, como outras profissões, tem as especificidades que tem, mas estamos abertos aos termos em que isso pode e deve ser feito, caso exista esta disponibilidade», declarou.
Vasco Cordeiro afirmou que «não há nenhum compromisso de acolher ou não acolher» esta pretensão do regresso às 35 horas no caso dos enfermeiros, havendo sim a «necessidade de, tendo em conta os argumentos que foram avançados, poder-se confirmar algumas questões, de forma a tomar uma decisão final».