ADIFA reconhece dificuldades pontuais no acesso a alguns medicamentos 1450

Depois de surgirem notícias sobre as faltas de medicamentos nas farmácias, a Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA), em declarações exclusivas ao Portal NETFARMA, vem informar que apesar deste ser um problema que aflige os vários países da União Europeia, os distribuidores sentem dificuldades pontuais no acesso a alguns medicamentos, o que acaba por se replicar nas farmácias comunitárias.

Apesar das discordâncias existentes relativamente ao problema da falta de medicamentos, Nuno Cardoso, Secretário-Geral na ADIFA,indica que “a escassez de medicamentos (“shortages”) é um problema real que afeta, de forma generalizada, os vários países da União Europeia, (…) não sendo exclusivo dos países com menor capacidade económica.

No caso dos distribuidores também é uma realidade, mas o fornecimento é feito de modo a satisfazer as encomendas.

“No dia-a-dia, os distribuidores farmacêuticos de serviço completo sentem dificuldades pontuais no acesso a alguns medicamentos, algo que, inevitavelmente, se replica nas farmácias comunitárias. A décima segunda alteração ao Estatuto do Medicamento prevê novas obrigações para os vários intervenientes do circuito do medicamento, visando, por exemplo, garantir que os distribuidores por grosso dispõem do stock necessário para satisfazer as encomendas realizadas por parte das farmácias comunitárias”, acrescenta Nuno Cardoso.

Aliás a Associação de Distribuidores Farmacêuticos reconhece “a meritória iniciativa do INFARMED, IP que, em colaboração com os stakeholders, se encontra a desenvolver um procedimento de reporte de faltas (no âmbito da Gestão da Indisponibilidade do Medicamento), que pretende sistematizar a informação e contribuir para a adopção de medidas concretas e direcionadas para a resolução do problema” e encontra-se disponível para colaborar nesses sentido.

“A ADIFA encontra-se, como sempre, totalmente disponível para colaborar e discutir com a Autoridade e restantes stakeholders as possíveis soluções, com o objetivo de prevenir ou mitigar a escassez de medicamentos (como por exemplo, o desenvolvimento do mecanismo Via Verde do Medicamento)”, indica o Secretário-Geral dos Distribuidores Farmacêuticos.

Nuno Cardoso indica mesmo que a ADIFA faz parte da solução e não do problema.

“A distribuição farmacêutica de serviço completo será sempre parte da solução para as dificuldades existentes no circuito farmacêutico, considerando o seu serviço de interesse público absolutamente essencial, em que assegura um fornecimento atempado e adequado às farmácias comunitárias”, termina por afirmar.

Pode também consultar a posição da ANF e da APIFARMA relativamente a este tema.