Administradores hospitalares justificam atrasos nas urgências com falta de recursos 13-Jan-2014 A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) atribuiu hoje os atrasos no atendimento dos serviços de urgência nas últimas semanas à carência de recursos humanos ou à aproximação de um eventual pico gripal. «Poderá justificar-se esta situação com uma eventual fusão de serviços de urgência de grandes hospitais que têm como consequência uma menor capacidade de responder depois a um acréscimo pontual de doentes», disse em declarações à “Lusa” Marta Temido, presidente da APAH. De acordo com a presidente da Associação a falta de recursos humanos das equipas «tem de ser avaliada caso a caso», acrescentando que as causas dos problemas de uns hospitais podem não ser as mesmas de outros. Marta Temido disse que a reestruturação de serviços de urgência combinada com a aproximação de um eventual pico gripal pode levar a «situações muito complicadas e indesejáveis», conduzindo «à exasperação dos profissionais – já que ninguém gosta de ter filas de doentes em espera -, mas, sobretudo à preocupação dos utentes que não veem os seus problemas a ser resolvidos com a celeridade que gostariam». A presidente da APAH lembrou ainda que, em janeiro, os picos de gripe fazem com que haja «anualmente situações relatadas de grande afluência às urgências e perturbação do normal funcionamento». «Infelizmente é uma situação à qual temos vindo a assistir com maior ou menor intensidade anualmente. Também no verão, aquando da onda de calor, também se verificou uma afluência nas urgências», frisou. Marta Temido sublinhou que o eventual pico gripal «ainda está para vir» devido à transmissão do vírus. No início da semana passada, as urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada, registaram um afluxo anormal de pessoas aos seus serviços, mais de 30% acima do normal, assim como as urgências do Hospital de São João, no Porto, e do Hospital das Caldas da Rainha, ambos com um tempo de espera de algumas horas. |