Algumas clínicas na lista divulgada pelo Governo não fazem colonoscopias 02 de Outubro de 2015 A lista das entidades que têm acordo com o Estado para fazer colonoscopias na área da Grande Lisboa inclui clínicas que não fazem este tipo de exame, denuncia a Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo (Europacolon).
O “Público” confirmou que este é o caso de pelo menos três clínicas na região da Grande Lisboa e que a lista publicada esta semana no Portal da Saúde inclui unidades que até são de outras regiões do país, por exemplo de Vila Nova de Famalicão, de Coimbra e do Entroncamento.
Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou que o número de entidades privadas com convenções com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para a realização de colonoscopias (exames essenciais para a deteção do cancro do intestino) na Grande Lisboa ia passar de «2 para 37» e que o problema das listas de espera que há anos se arrasta ia finalmente ter solução. Os contratos com as novas unidades foram sendo assinados, tendo o último sido subscrito esta terça-feira.
Mas a Europacolon pediu a lista, consultou-a, telefonou para as entidades (há várias que não têm número de telefone) e esta quinta-feira avançou com a denúncia de que «a maioria» destas novas clínicas «respondeu que não faz este tipo de exames». O “Público” contactou telefonicamente algumas destas unidades. Duas delas, que a Europacolon assinalava como não fazendo colonoscopias, adiantam que vão começar a fazer estes exames para utentes do SNS, embora não saibam precisar com rigor quando. É o caso da Clínica CheckUp do Barreiro, que diz estar a preparar-se para iniciar «dentro de uma a duas semanas», e da Cintra Médica, de Sintra, que frisa que só podem dar informações «no fim de outubro, princípio de novembro».
Mas há outras que, de facto, afirmam não efetuar este tipo de exames com comparticipação estatal. A Associação de Socorros Mútuos de Empregados do Comércio de Lisboa garante não ter qualquer informação até ao momento, e na clínica Quadrantes, de Algés, a informação é a de que ainda não há qualquer indicação da Administração Regional de Saúde para iniciar este processo.
Contactado o gabinete do ministro, a informação é a de que a lista divulgada «está correta», que até terça-feira passada foram «assinados todos os 37 contratos» que «entram em vigor no dia da assinatura» e que a informação da associação está «desatualizada».
|