Alzheimer: Desequilíbrio do pH no cérebro pode estar na origem da doença
03 de agosto de 2018 Evidências no desequilíbrio do pH nas células do cérebro podem estar na origem da doença de Alzheimer, segundo conclui um estudo publicado pela Universidade Johns Hokis, dos Estados Unidos. A investigação publicada na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS) explica que foram introduzidas enzimas histona deacetilase (HDAC) em células de ratos, que responderam positivamente à estabilização do pH. Este processo consistiu na eliminação das proteínas beta-amiloides que ficaram acumuladas à volta dos neurónios, por não terem sido eliminadas através do processo celular normal. A equipa explicou que é precisamente esta acumulação que leva à deterioração de faculdades como a memória. O uso destes inibidores não está aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) em doentes de Alzheimer, segundo informa o jornal “Observador”. Rajini Rai, professor de fisiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, alertou que a população deve estar atenta aos primeiros sintomas, uma vez que «no momento em que se diagnostica o Alzheimer, grande parte do dano neurológico já está feito e é muito provável que seja tarde demais para reverter a progressão da doença». O professor referiu ainda que esta descoberta pode vir a ajudar doentes em casos de diagnóstico precoce da doença, dado que «a biologia e a química dos endossomos é um fator importante muito antes de o declínio cognitivo começar». |