A Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprovou, ontem, para determinados pacientes, um fármaco que reduz o declínio cognitivo nos doentes de Alzheimer em estádios precoces, depois de o ter bloqueado em julho.
O medicamento, comercializado com o nome de Leqembi, é recomendado pela EMA para pessoas que ainda não atingiram um estado avançado da doença e destina-se a tratar défices cognitivos ligeiros (problemas de memória e pensamento) ou demência ligeira.
Apenas foi aprovado, segundo a Lusa, para doentes que apresentam um menor risco de possível hemorragia cerebral.
Justificando a reavaliação feita ao fármaco, cujo uso na União Europeia tinha sido reprovado em julho, o regulador europeu invocou que os benefícios superam os riscos numa população limitada de doentes.
Em julho, a EMA considerou que o efeito produzido pelo medicamento não compensava o risco de efeitos secundários graves, incluindo uma possível hemorragia cerebral.
O fármaco foi, assim, aprovado para doentes que apresentam um menor risco de possível hemorragia cerebral.
Administrado por via intravenosa, o Leqembi permite, segundo os ensaios clínicos, reduzir as placas amiloides, depósitos de fragmentos de proteínas no cérebro que levam à destruição das células nervosas, provocando os sintomas característicos da doença de Alzheimer, como a perda de memória.
O medicamento já é comercializado nos Estados Unidos, Reino Unido, Japão e China.