Ambulatório: Despesa do SNS com medicamentos aumentou 4,1% 56

Entre janeiro e agosto deste ano, houve um aumento da acessibilidade ao medicamento, com mais 4,3% de embalagens dispensadas em farmácia comunitária, num total de 127,5 milhões de embalagens, segundo dados do relatório de monitorização do mercado de medicamentos em meio ambulatório referentes a agosto de 2024, hoje divulgado no portal da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) .

A tendência de aumento da quota de utilização de medicamentos genéricos em meio ambulatório atingiu um novo máximo de 52,1%, em unidades dispensadas nas farmácias comunitárias. Os medicamentos anticoagulantes foram a classe de medicamentos com maior contributo neste aumento.

Outros dados

  • Despesa do SNS com medicamentos foi de 1 103 milhões de euros, mais 4,1% (variação homóloga), o que se traduz em mais 43,6 milhões de euros.
  • A despesa dos utentes com medicamentos foi de 605,7 milhões de euros. Mais 6,7%, equivalentes a mais 37,9 milhões de euros.
  • O encargo médio de utente foi de 4,75 euros (mais 0,11 cêntimos por embalagem); o do SNS foi de 8,65 euros (menos 0,01 cêntimo por embalagem).
  • Ao todo, foram dispensadas 127,5 milhões de embalagens, ou seja, mais 5,2 milhões de embalagens do que no período homólogo (4,3%).
  • O medicamento com maior aumento da despesa foi o Dapagliflozina (diabetes/ insuficiência cardíaca / doença renal) (sofreu um crescimento de 26,9%)
  • A classe terapêutica com maior aumento (10,6%) de despesa foi a dos antidiabéticos

 

 

Meio hospitalar

Foi igualmente disponibilizado o relatório de monitorização do mercado de medicamentos em meio hospitalar.  A despesa total, entre janeiro e agosto deste ano foi de 1.528,5 milhões de euros, correspondendo apenas 2% (25 913 742 milhões de euros) aos cuidados primários.

Os imunomoduladores foram a CFT onde se verificou um maior aumento da despesa (mais 75,1 milhões de euros). Já em termos de DCI, foi o pembrolizumab (mais 21,9 milhões de euros).

Ao nível das Unidades Locais de Saúde e Institutos Portugueses de Oncologia, o número de unidades consumidas apresenta uma tendência de crescimento, com mais 12,4% até agosto de 2024.

Os dados revelam ainda que a utilização de medicamentos biossimilares em meio hospitalar continua a aumentar, tendo atingindo os 78,3% nos primeiros oito meses de 2024, o valor mais elevado registado em 2024.

As substâncias ativas Filgrastim, Infliximab e Bevacizumab mantêm-se no top 3, ao atingirem quotas de utilização superiores a 90%.