Amgen altera plano de reestruturação e prevê despedir mais 1.100 trabalhadores 30 de outubro de 2014 A Amgen anunciou que prevê alargar o seu plano de restruturação e diminuir o número de postos de trabalho, despedindo entre 600 a 1.100 trabalhadores, para além da redução de 2.900 funcionários, anteriormente divulgada. Segundo o “FirstWord”, a empresa realçou que as novas reduções vão afetar os serviços partilhados, a subcontratação e outras categorias de despesa externa. De acordo com a Amgen, os cortes globais, que vão ocorrer no final de 2015, vão levar à redução de cerca de 20% dos funcionários, ou seja, aproximadamente 3.500-4.000 trabalhadores. A farmacêutica indicou que a reestruturação pressupõe custos que rondam os 935 milhões e os mil milhões de dólares. No entanto, até 2018, a Amgen prevê alcançar 1,5 mil milhões de dólares em poupanças anuais. A redução de postos de trabalho foi divulgada juntamente com os planos estratégicos detalhados, na sequência dos recentes avisos do investidor Third Point que aconselhavam a farmacêutica a dividir a empresa em dois negócios, com o intuito de acrescentar valor à mesma. Robert Bradway, CEO da Amgen, revelou que a farmacêutica analisou a proposta e concluiu que esta não fazia sentido. A Amgen disse que vai aumentar a distribuição dos seus dividendos pelos seus acionistas em 30%, a partir do primeiro trimestre de 2015, e vai também voltar a comprar ações, planeando gastar 2 mil milhões de dólares, no próximo ano. A empresa revelou ainda estimativas para 2015, apresentando uma previsão de lucro por ação entre os 9,05 e os 9,40 dólares e de receita entre os 20,8 mil milhões e os 21,3 mil milhões de dólares. Os analistas esperam um lucro de 9,07 dólares por ação e estimam que as vendas atinjam os 20,3 mil milhões de dólares. A Amgen prevê revelar em 2016 dados importantes acerca de vários medicamentos experimentais, incluindo os resultados dos ensaios de Fase III do: romosozumab na osteoporose pós-menopausa, brodalumab na artrite psoriática, blinatumomab na leucemia linfocítica aguda, trebananib no cancro do ovário, rilotumomab no cancro gástrico e o AMG 416 no hiperparatireoidismo secundário. Sean E. Harper, vice-presidente executivo de I&D, disse que a empresa também tem quatro programas sob revisão regulamentar, incluindo o inibidor de PCSK9, evolocumab. Comentando o programa biosimilar da Amgen, Bradway disse que «continuamos a acreditar que esta será uma grande oportunidade de negócio para nós», avaliada em mais de 3 mil milhões de dólares. A empresa realçou que vai impulsionar o seu portefólio de biossimilares, desenvolvendo entre três a nove medicamentos. A Amgen prevê que cinco dos fármacos chegarão ao mercado entre 2017 e 2019. |