Análises Clínicas. Farmacêutico “apresenta uma mais-valia em relação aos profissionais com outras qualificações” 856

A Direção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos (OF) promoveu, no passado dia 2, uma reunião aberta a todos os farmacêuticos para “analisar, debater e definir uma estratégia de intervenção da instituição para o ramo das Análises Clínicas”.

O encontro, que contou com a participação de dirigentes da OF, representantes das organizações e associações setoriais e quase duas centenas de farmacêuticos analistas clínicos, presencialmente ou à distância, teve início com Helder Mota Filipe, que explicou o propósito de identificar as “áreas onde farmacêutico se pode diferenciar nas Análises Clínicas e que apresenta uma mais-valia em relação aos profissionais com outras qualificações”.

Após a intervenção do bastonário, Rui Pinto, da Direção Nacional da OF, traçou o panorama atual da atividade farmacêutica no ramo das Análises Clínicas, com a maioria dos profissionais no ativo acima dos 50 anos e um contínuo decréscimo do número anual de novos farmacêuticos especialistas. “Os medicamentos inovadores precisam dos marcadores que as análises clínicas e de genética humana proporcionam”, realçou Rui Pinto.

“Os desafios da profissão no setor público estão relacionados com a abertura de vagas para a Residência Farmacêutica nos ramos das Análises Clínicas e da Genética Humana e na sensibilização das administrações hospitalares e direções dos Serviços de Patologia Clínica para a diferenciação profissional dos farmacêuticos especialistas”, realça a OF em comunicadoA associação destaca que as qualificações dos farmacêuticos analistas clínicos e dos especialistas em Análises Clínicas asseguram competências diferenciadas e que é “consensual a necessidade de envolver as Faculdades de Farmácia” na “revitalização do ramo”.

“Houve ainda lugar para a discussão sobre a aplicação do Manual de Boas Práticas Laboratoriais e aspetos relacionados com o licenciamento e inspeção dos laboratórios clínicos. A regulamentação do setor deve também garantir a responsabilidade e a autonomia dos profissionais qualificados, de que a exigência de um quadro mínimo de farmacêuticos em laboratórios convencionados pode ser apenas um exemplo”, conclui a OF.