Anel vaginal com microbicida reduz em cerca de 30% risco de infeção com VIH/sida 23 de Fevereiro de 2016 Um anel vaginal com microbicida reduz em cerca de 30% o risco de infeção com o vírus da sida em mulheres, segundo os resultados de dois estudos clínicos publicados ontem. Os anéis inspirados nos utilizados para contraceção ou tratamentos hormonais, tem o antiviral experimental Dapivirine, que se espalha gradualmente e deve ser trocado todos os meses, avançou a “Lusa”. O uso daquele anel é de particular interesse para as mulheres dos países em vias de desenvolvimento, onde as taxas de infeção com Sida são bastantes elevados e onde têm maior dificuldade em persuadir os homens a utilizar preservativos, disse Zeda Rosenberg, que dirige a parceria internacional para os microbicidas, que apresentou os resultados dos estudos. No total, 4.588 mulheres seronegativas com idades entre os 18 e 45 anos do Maláui, África do Sul, Uganda e Zimbabué participaram em dois dos três estudos clínicos entre 2012 e 2015. Aqueles que usaram o anel vaginal reduziram o seu risco de infeção de 27% para 31% em comparação com as que tinham um placebo, refere o estudo. Os anéis provaram ser mais eficazes em mulheres com idade superior a 25 anos, onde o risco da infeção reduziu em 61% num estudo e 37% em outro, consoante o anel utilizado. «Estes resultados dão uma nova esperança a muitas mulheres, que precisam de mais opções para efetivamente se protegerem», afirmou Rosenberg. Os resultados de ambos os estudos foram apresentados na Conferência sobre Retrovírus e Infeções Oportunistas, realizada esta semana em Boston, nos Estados Unidos da América. Cerca de 37 milhões de pessoas vivem com o vírus da Sida no mundo, dos quais mais de metade são mulheres, segundo o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. |