ANF apela à intervenção do Governo na autorregulação de preços 1729

A Associação Nacional das Farmácias (ANF) enviou uma carta ao Primeiro Ministro a pedir a intervenção do Governo no que respeita à reposição ao abastecimento de produtos de primeira necessidade para combater a crise de covid-19.

“Máscaras, gel desinfetantes, paracetamol, termómetros, matéria-prima para manipulados e equipamento de proteção individual” são alguns dos produtos, que segundo a ANF indica em comunicado divulgado, já “desapareceram quase totalmente das farmácias”.

No mesmo documento, as farmácias indicam que devido à falta de produtos se “vêem-se forçadas a abandonar à sua sorte muitas pessoas, cujas necessidades não conseguem satisfazer”.

As farmácias indicam também que para adquirirem esses produtos, “as farmácias têm de pagar preços especulativos e, mesmo assim, não conseguem adquirir quantidade suficiente” para garantir a segurança das suas próprias equipas e de instituições como lares de idosos.

Devido a esta situação, a ANF entregou à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) um dossier de 100 páginas com faturas e propostas comerciais apresentadas às farmácias por empresas de ocasião, com alguns dos preços de aquisição que estão a ser propostos: “frascos de 30 ml de álcool em gel a 5€, máscaras entre 7€ e 38€, garrafões de cinco litros de desinfetantes a 79€ e termómetros a 97€”.

A ANF «felicita a ASAE pelas suas ações com vista a normalizar o funcionamento do mercado» e disponibiliza-se para contribuir permanentemente para isso com informação.

Visto o “preço de venda ao público destes produtos de primeira necessidade para o combate ao covid-19 ser livre, assim como a sua comercialização por uma multiplicidade de pequenos estabelecimentos e cadeias comerciais”, a ANF, em circular enviada, “recomendou às 2.750 farmácias suas associadas que pratiquem margens de comercialização até ao limite de 17,5%, que se aplica aos medicamentos sujeitos a receita médica comparticipados”.

Posto isto, a ANF pede a intervenção do Governo de modo a haver uma “autorregulação de preços às suas associadas”.