ANF, APJF e APEF comprometidas em “não deixar a farmácia comunitária para trás” 1375

A Associação Nacional das Farmácias (ANF), a Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF), a Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) e restantes associações nacionais de estudantes de Ciências Farmacêuticas assinaram, no passado sábado (11), um memorando de entendimento que procura atrair e reter talento nas farmácias comunitárias, para que estas não fiquem “para trás”.

“Um dos grandes objetivos desta direção é a retenção de talento”, garantiu ao Netfarma Ema Paulino, presidente da ANF, à margem da última Sessão Paralela do 14.º Congresso das Farmácias, intitulado “Desenvolvimento e progressão da carreira farmacêutica em Farmácia Comunitária”. O objetivo passa por ter a certeza de que “temos os profissionais certos para pudermos caminhar em direção ao futuro”, disse a responsável associativa.

Para que tal aconteça, haverá um aumento do financiamento para as associações de estudantes e uma aposta reforçada em iniciativas que promovam a Farmácia Comunitária, a começarem já este ano. “Precisamos de captar estes profissionais para as nossas farmácias e, no fundo, desenvolver uma atividade que favoreça a sua progressão profissional”, reiterou, ao destacar a discussão cooperativa com as restantes associações.

“Este memorando significa o compromisso da ANF em continuar a colaborar com as associações de estudantes e para continuar a dar resposta àquilo que são as visões dos estudantes para o setor da farmácia comunitária”, reforçou Josué Moutinho, presidente da APEF. O representante dos estudantes nacionais de Mestrado Integrado Ciências Farmacêuticas acredita que este passo traduz-se na intenção de “não deixar a farmácia comunitária para trás”, numa altura onde a especialidade parece não ser uma prioridade para muitos jovens em formação.

“Acabamos por assumir o compromisso de reforçar a farmácia comunitária, não só como saída que por si só pode ser diferenciadora e agregadora de valor à comunidade, mas também porque é a base da profissão. Josué Moutinho, que atribui à farmácia comunitária um potencial de “hub de inovação”, espera assim diminuir a perceção – “ainda há muito esta ideia” – de que esta não é uma via atrativa, valorativa e com condições salariais.

Já o vice-presidente da APJF, auscultado pelo Netfarma, vê este memorando como um “consumar de um pensamento do que podem ser alguns dos desafios e oportunidades que tenhamos para melhorar o paradigma que sabemos que é desafiante”. João Dias fala num “pontapé de saída para a discussão acerca dos recursos humanos nas farmácias”, que tem na “valorização do farmacêutico” um “desafio transversal”.

Ema Paulino: Farmacêuticos demonstraram “muita vontade de contribuir para o futuro”

O 14.º Congresso das Farmácias aconteceu de 9 a 11 de fevereiro, no Centro de Congressos de Lisboa, contando milhares de farmacêuticos, a par da ExpoFarma.