A Associação Nacional das Farmácias (ANF) alertou que o valor de 10 euros pagos pelo Estado para a realização dos testes rápidos de antigénio não vai ser atrativo para as instituições de menor dimensão, uma vez que a complexidade do registo obriga a ter mais recursos humanos dedicados a este serviço.
As declarações foram feitas por Ema Paulino, presidente da ANF, ao Jornal de Notícias.
Após ter sido publicada a portaria que permite ao Estado comparticipar a 100% a realização de testes rápidos de antigénio à covid-19 até 10 euros, as farmácias estão preocupadas com o valor, que dizem ser insuficiente e com a complexidade do registo e morosidade do processo.
Segundo a presidente da ANF, o processo de registo será demorado e vai obrigar a ter mais recursos humanos dedicados a este serviço.
A presidente da ANF lembrou que nos protocolos que estão a ser celebrados com algumas autarquias para a realização de testes gratuitos aos munícipes têm um valor de 15 euros por teste realizado, valor que já tinha em conta a “perspetiva de esforço adicional tendo em conta o volume de testes envolvido”.
Segundo o indicado por Ema Paulino, as farmácias têm cobrado, em média, entre 20 a 25 euros por teste a utentes, quando não estão abrangidos por protocolos com os municípios.
A ANF celebrou, até ao momento, protocolos com as câmaras municipais de Lisboa (114 farmácias), Oeiras (23), Odivelas (12), Lagoa (3), Amadora (13), e com as regiões autónomas.