Segundo o comunicado divulgado pela Associação Nacional das Farmácias (ANF), no último fim-de-semana foi o que registou menos atendimentos na rede de farmácias desde o início do ano.
No sábado, as farmácias fizeram 318 mil atendimentos, e no domingo 105 mil. Estes números representam uma queda de 56% em relação ao fim-de-semana de 14 e 15 de Março. Valores que estão mesmo 15 a 20% abaixo de um fim-de-semana normal, sem qualquer surto epidémico. Houve até farmácias de centros urbanos que registaram recordes de baixa procura.
O pico de actividade foi registado no dia 13 de Março, com 941 mil atendimentos.
Para Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF, muito se deve às “equipas que fizeram um esforço colossal para resistir ao pânico e tranquilizar a população”.
A ANF garante que “os portugueses não precisam de fazer stocks anormais de medicamentos em casa, porque a continuidade dos tratamentos está garantida”.
A preocupação das farmácias reside somente no stock de máscaras e desinfectantes.
“A rede de farmácias está a trabalhar em grande sofrimento por falta de máscaras e desinfectantes, não só para servir os portugueses como para garantir a segurança das nossas próprias equipas”, indica Paulo Cleto Duarte.
O presidente da ANF faz ainda o alerta para que “o Estado não discrimine as farmácias no acesso a equipamentos de proteção individual”.