APDP defende massificação dos testes rápidos de antigénio 700

A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) veio apelar ao Ministério da Saúde para intervir rapidamente no acesso generalizado aos autotestes da covid-19.

“Esta é uma oportunidade para reduzir a afluência dos laboratórios, já foi assim com a insulina, com os testes de gravidez e da SIDA. Queremos auto testar-nos!”, indica a APDP numa nota enviada.

De acordo com a Associação, a pandemia “está fora de controlo e a atingir números críticos na comunidade”. E por isso, reforça a importância do uso doméstico e acesso generalizado, sem necessidade de receita, dos testes rápidos de antigénio que, ao contrário dos laboratoriais, podem dar resultados em minutos e são de fácil utilização.

“Os autotestes representam uma grande oportunidade, pois permitem diminuir a afluência aos laboratórios, e esperar horas ou dias, e transmitem confiança às pessoas, dando-lhes mais opções no conforto e segurança das suas próprias casas. Se clamamos pelo aumento da literacia, este é o caminho. Acreditar nos próprios interessados: já foi assim com a insulina, com os testes de gravidez e da SIDA. Agora é a vez dos testes da Covid-19!”, defende José Manuel Boavida, presidente da APDP, citado no comunicado emitido.

De momento, os testes rápidos de antigénio só são permitidos nos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, laboratórios e, a título excecional, às equipas de saúde pública.

A APDP defende a venda de testes rápidos de antigénio nas farmácias e a sua utilização massificada, referindo que os farmacêuticos podem ajudar, ensinando as pessoas a auto testarem-se. Para que isso aconteça é preciso, primeiro, a atuação do Infarmed para evitar a especulação e para controlar os preços.

“A própria Comissão Europeia recomenda aos Estados Membros o alargamento do uso dos testes rápidos de antigénio para conter a propagação da covid-19. Como a História da diabetes e da insulinoterapia já comprovou, não há motivo nenhum para que as pessoas não possam aprender a auto testarem-se”, explica João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, citado no mesmo documento.