A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) junta-se à Federação Internacional da Diabetes na Europa (IDF Europa) para apelar à criação de um Plano Europeu integrado contra as doenças cardiovasculares, principal causa de morte na Europa, e a diabetes.
O repto é lançado a propósito do Dia Mundial do Coração, assinalado anualmente a 29 de setembro. Embora a APDP reconheça a importância de uma ação contra as doenças cardiovasculares, alerta que sem uma abordagem conjunta para as combater não vai ser possível reduzir significativamente a mortalidade e melhorar a vida dos cidadãos europeus.
“Ignorar a ligação entre diabetes e doenças cardiovasculares seria um erro estratégico com graves consequências”, afirma João Filipe Raposo, em comunicado. Para o Diretor Clínico da APDP e membro do board da IDF Europa, “as doenças cardiovasculares têm um peso enorme na qualidade de vida e na esperança de vida da pessoa com diabetes. A abordagem clínica da pessoa deverá ter como objetivo o controlo de todos os fatores de risco de DCV.”
“Estamos satisfeitos por ver que uma das doenças não transmissíveis (DNT) mais mortais da Europa está a ser seriamente considerada na formulação de futuras políticas europeias. No entanto, consideramos que esta abordagem não tem em conta as mais recentes provas científicas que sustentam o apelo a uma abordagem integrada das doenças cardiovasculares (DCV) e da diabetes.”, explica Elisabeth Dupont, Regional Manager da IDF Europa, também em comunicado, acrescentando: “Compreender, reconhecer e tratar a intrincada ligação entre a diabetes e as doenças cardiovasculares através de uma abordagem conjunta não é apenas benéfico para todas as pessoas que vivem com estas doenças. É efetivamente essencial”.
A APDP e a IDF Europa acreditam que um Plano Europeu para as doenças cardiovasculares e a Diabetes representará uma oportunidade única para uma mudança verdadeiramente transformadora para a saúde pública europeia e para os seus sistemas de saúde. A prevenção e gestão eficaz da diabetes, incluindo o acesso atempado a tratamentos e cuidados adequados, são essenciais para reduzir o risco de complicações cardiovasculares.