A Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) emitiu um comunicado a questionar o silêncio do Coordenador da task force relativamente à inclusão dos estudantes de Ciências Farmacêuticas, em estágio curricular, nos grupos prioritários de acesso à vacina contra a covid-19.
Este comunicado surge após o Coordenador da task force ter anunciado no Parlamento, a 24 de fevereiro, a intenção de incluir estes jovens no plano de vacinação e até ao momento não ter sido concretizado.
Contudo, até ao momento, “ainda não foi feito nenhum contacto nesse sentido” admitindo mesmo “que sempre entendemos que a escassez de vacinas deveria condicionar a sua administração aos mais vulneráveis, mas, acreditamos na necessidade de basear as decisões na ciência, sendo que só assim poderemos controlar a pandemia e garantir a proteção de quem está na linha da frente”, indica a nota divulgada da APEF.
“Após a atualização da norma da Direção-Geral de Saúde (DGS) relativa à campanha de vacinação que exclui diversos grupos de estudantes de saúde, inclusive os estudantes de Ciências Farmacêuticas em Estágio Curricular, o Fórum Nacional de Estudantes de Saúde (FNES), em conjunto com o Conselho Nacional de Juventude (CNJ), contactaram o Ministério da Saúde por forma a obter esclarecimentos relativamente aos critérios científicos que suportaram tal decisão, já que após as declarações do Coordenador da TF, diversas Instituições de Ensino Superior que ministram o MICF foram contactadas para dar início à realização das listagens dos estudantes que se encontram em Estágio”, indica Carolina Simão, presidente da APEF na nota.
Carolina Simão reforça ainda que “estes estudantes estão num ensino de risco e deve ser uma prioridade de todos salvaguardar a sua segurança, principalmente quando os profissionais que os acompanham se encontram já vacinados”.
Segundo a presidente da APEF “existem, aproximadamente, 630 estudantes de Ciências Farmacêuticas a realizar Estágios Curriculares em diversas áreas, nomeadamente, em Farmácia Comunitária e em Farmácia Hospitalar, os quais se encontram integrados nas equipas de cuidados de saúde e sendo, em muitos casos, os únicos elementos por vacinar nas equipas”.