Apenas 15% dos portugueses recorrem a serviços médicos ou de enfermagem ao domicílio 1012

De acordo com um estudo apresentado na conferência sobre Hospitalização Domiciliária, em Lisboa, apenas 15% dos portugueses recorrem a serviços médicos ou de enfermagem ao domicílio para tratar doença crónica.

“O serviço de apoio ao domicílio ainda não é uma realidade a que os portugueses recorram frequentemente, apesar de a maioria dos inquiridos – 57% – considerar ser uma alternativa ao internamento hospitalar em caso de necessidade”, indica o documento.

Este inquérito foi elaborado por uma empresa privada do setor da saúde e da indústria farmacêutica, com base em 750 questionários feitos entre junho e outubro deste ano, a nível nacional.

O estudo indica que apesar da maioria (quase 90%) já ter ouvido falar de serviços de hospitalização domiciliária, apenas 15% indicou recorrer a serviços médicos ou de enfermagem ao domicílio para tratar de doenças crónicas.

Este estudo concluiu também que quatro em cada dez inquiridos diz não ter disponibilidade para cuidar de familiares ou amigos próximos que optassem por um modelo de hospitalização domiciliária, sobretudo devido à sua ocupação profissional.

Cerca de 98% dos inquiridos indica que os cuidadores informais deviam receber apoio, seja através de maiores compensações ou facilidades na atividade laboral ou através de meios financeiros.

Quanto à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, mais de 75% considera que é atualmente insuficiente para as necessidades e que o acesso à rede é difícil.