Apesar da conjuntura económica, consumidores veem saúde e bem-estar como gastos prioritários, mostra estudo 510

pesar da conjuntura económica incerta, os consumidores veem a saúde e o bem-estar como gastos prioritários, de acordo com um estudo global da Accenture.

Com o objetivo de “conhecer as perspetivas e sentimentos dos consumidores desde o início da pandemia”, o mais recente estudo da Accenture contou com a participação de mais de 11 mil consumidores em todo o mundo.

O inquérito revelou que “mesmo perante a incerteza generalizada e a tensão financeira pessoal, os consumidores consideram a saúde e o bem-estar prioritários, a par da alimentação e dos gastos domésticos. Apesar de dois terços (66%) dos inquiridos afirmarem sentir-se financeiramente pressionados, 80% dos mesmos tencionam manter ou aumentar as suas despesas em áreas relacionadas com saúde e bem-estar – como por exemplo atividade relacionadas com exercício físico – no próximo ano”, explica a entidade em comunicado.

“Apesar dos tempos difíceis, é evidente que as pessoas redefiniram a saúde e o bem-estar como algo essencial e planeiam manter ou aumentar os seus gastos nesta área, independentemente dos seus níveis de rendimento”, afirma Manuela Vaz, Vice-Presidente da Accenture Portugal, responsável pela área de Retalho, Bens de Consumo e Transportes. “Com o expectável aumento do mercado da saúde e bem-estar para mais de mil milhões de euros globalmente em 2025, as empresas que servem diretamente o consumidor têm que alavancar uma visão cross-indústria e os avanços científicos e tecnológicos no desenho das suas ofertas, garantindo que estão permanentemente alinhados com as mudanças de prioridades dos seus consumidores.”

Percentualmente, os consumidores esperam aumentar ou manter os gastos com alimentação e questões domésticas

Sofia Marta, Vice-Presidente da Accenture Portugal, responsável pela área de Saúde e Administração Pública, afirma que “o desejo das pessoas em controlar melhor a sua saúde e bem-estar está a aumentar. É fundamental que a indústria da saúde continue a crescer e a estabelecer parcerias com empresas que servem diretamente o consumidor para melhorar o acesso, a experiência e os resultados e a oferecer melhores cuidados de saúde.”

O estudo da Accenture também concluiu que “os inquiridos parecem ter uma perspetiva mais holística do bem-estar, enquadrando-o muito mais como um produto de consumo básico. Para além de mais de quatro em 10 inquiridos (42%) afirmarem estar a aumentar a sua atividade física, um terço (33%) dizem estar mais focados em actividades selfcare – como por exemplo tratamentos de beleza  – em comparação com o ano anterior”, lê-se.

Mesmo com o aumento dos custos das viagens, “o inquérito mostrou que metade (51%) dos consumidores planeiam manter ou aumentar os seus gastos em viagens de lazer no próximo ano. Além disto, dois em cada cinco (39%) dos consumidores com rendimentos elevados reservaram uma viagem nos próximos 12 meses. Entre os millennials, um em cada cinco (21%) reservou um retiro de bem-estar este ano. Finalmente, um terço (33%) dos entrevistados afirmaram estar dispostos a sacrificar produtos domésticos ou eletrónicos não essenciais para que possam viajar”, continua o comunicado.

Manuela Vaz refere que “embora o foco no bem-estar pessoal não seja algo novo, é cada vez mais encarado como essencial e não negociável para os consumidores, mesmo em tempos onde muitos sofrem com pressões financeiras. Há uma grande oportunidade para as empresas ligadas ao turismo, e em geral às que se servem diretamente o consumidor, para potenciarem muito mais os ecossistemas e comunidades em que se inserem oferecendo experiências diferenciadoras, uma vez que o turismo de bem-estar é, hoje em dia, muito mais do que o destino ou as suas atividades – é uma extensão dos valores e do estilo de vida do viajante”.

Há cada vez mais pessoas a privilegiar uma abordagem holística da saúde, diz novo inquérito

“Os retalhistas podem gerir o impacto da evolução do comportamento dos consumidores, acompanhando ativamente as tendências de consumo e ao responder-lhes rapidamente”, afirma Manuela Vaz, Vice-Presidente da Accenture Portugal, responsável pela área de Retalho e Bens de Consumo e Transportes. “Apesar dos obstáculos evidentes, os retalhistas sempre foram bons a inovar como resposta a problemas, e a inovação tornar-se-á cada vez mais importante para criar novos níveis de valor, reduzir custos e fazer o que é certo para a sociedade e para o planeta. Isto exige níveis de colaboração, empenho e envolvimento do consumidor extraordinários – mas também inovação tecnológica e empresarial baseada em dados de fontes fidedignas.”