APIFARMA apela à criação de Fórum para melhorar acesso a novos medicamentos 481

Na Conferência Digital “Inovação em Saúde: Não deixar ninguém para trás”, organizada pela APIFARMA e pela Federação Europeia da Indústria e das Associações Farmacêuticas (EFPIA), foi salientada a necessidade de «abrir portas ao diálogo».

Nas conclusões, os participantes alertaram que «é possível e desejável ter acesso a tecnologias de saúde inovadoras de forma mais célere e acessível, garantindo maior equidade a nível europeu; é necessário manter os incentivos para a Investigação e Desenvolvimento da inovação sobretudo nas áreas de Saúde ainda sem resposta e para maior competitividade da Europa a nível global; é importante reconhecer o papel dos agentes económicos da Saúde na recuperação económica da Europa no período pós-Covid; é fundamental evoluir para a aplicação de modelos de remuneração baseados nos resultados em saúde; e é necessário estabelecer uma plataforma permanente de diálogo e cooperação entre todos os envolvidos».

Foi expresso pelos participantes que a mitigação do impacto desta pandemia e a reconstrução de uma Europa coesa e preparada para o futuro, dependerá, à priori, da capacidade de constituir um Fórum de Alto Nível para Melhorar o Acesso à Inovação em Saúde, tal como proposto pela European Union Health Coalition.

A proposta sugere que este Fórum reúna todos os intervenientes da área da Saúde – reguladores, autoridades de saúde, profissionais de saúde, doentes, academia, indústria farmacêutica, e demais entidades – para debater novas formas de assegurar o acesso a novos tratamentos, garantindo a sustentabilidade dos Sistemas de Saúde no quadro de uma Europa competitiva a nível global.

Para a APIFARMA, «acolher esta inovação e elevar a Europa a uma nova posição como espaço de Investigação e Desenvolvimento obriga a uma redução do atrito nas áreas regulatórias e a uma verdadeira convergência na avaliação das tecnologias de saúde inovadoras».

Os dados apresentados indicam que o tempo médio de espera entre a autorização de introdução no mercado e o acesso dos doentes pode ter grandes variações chegando a ter diferenças superiores 700%. Para doentes no Norte / Oeste da Europa o acesso a medicamentos inovadores demora entre 100 a 350 dias após a autorização de introdução no mercado, enquanto no Sul / Leste da Europa o tempo de espera pode chegar aos 850 dias.