APIFARMA: Governo deve considerar investimento em Saúde uma aposta para o Futuro 1317

Num balanço sobre 2018 e pespetivas para o novo ano, a APIFARMA refere o estudo sobre os medicamentos em Portugal como marco do ano que ressalta a importância dos fármacos inovadores no país, enquanto espera que em 2019 o Governo considere o «investimento em Saúde uma aposta no futuro».

Em declarações exclusivas ao NETFARMA, a instituição diz que 2018 ficou marcado pelos resultados do estudo “O Impacto do Medicamento em Portugal”, elaborado pela consultora McKinsey para a APIFARMA.

O estudo atesta que os medicamentos inovadores «acrescentam valor significativo a Portugal» e trazem benefícios tangíveis que superam a despesa em fármacos. Estes medicamentos representam mais anos saudáveis para os portugueses, mais produtividade e poupança para os doentes, e ainda acarretam vantagens para o Estado e para o SNS, reduzindo as hospitalizações e outros custos associados. Têm, portanto, um impacto na economia global do país, contribuindo para a valorização do PIB em 2,3%.

Ao nosso portal, a APIFARMA assegura que «na verdade, consideramos que este marco deixará um lastro para o futuro, alterando para sempre a forma como debatemos a Saúde e o reconhecimento do contributo do medicamento para os resultados e a sustentabilidade do SNS em Portugal».

A Associação reforça a certeza de que a Saúde é um investimento nas pessoas, na sociedade e na economia e que «os medicamentos representam oportunidades e ganhos para os doentes, para os portugueses e para o país».

Em relação às expetativas para o próximo ano, a instituição defende que se dê prioridade à saúde dos portugueses, esperando por parte do Governo a consciência da necessidade de uma resposta estrutural ao principal problema do SNS – o sub-financiamento crónico. Segundo a APIFARMA, o Governo deve «adoptar uma nova visão que considere o investimento em Saúde uma aposta no futuro, no desenvolvimento da sociedade portuguesa, na qualidade de vida dos cidadãos e na redução e otimização de encargos, a longo prazo, dos serviços de saúde».