A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) defendeu esta quarta-feira (12) o reforço no investimento público na Saúde, junto da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, a quem tinha solicitado uma audiência, conforme comunicado que enviou à Lusa.
No texto, o presidente da associação, João Almeida Lopes, “reconhece o esforço feito no Orçamento do Estado para 2023”, mas considera-o “insuficiente”, pelo que entende “essencial que aumente, em 2024, para 15 mil milhões de euros”.
Por outro lado, alertou para os problemas que o setor do medicamento enfrenta, “com forte impacto para a população”.
Em particular, apontou “os preços praticados em Portugal”, os quais, aliados ao facto de este ser “um país pequeno e periférico”, “penalizam sobremaneira” o setor, “já que dificultam o acesso dos portugueses à inovação”, o que os coloca, concluem, “na cauda da Europa” e “prejudica, sobretudo, os doentes”.
No comunicado, o presidente da Apifarma queixou-se ainda de que “as dívidas a fornecedores sofreram um agravamento de cerca de 56 milhões de euros por mês, tendo as empresas farmacêuticas devolvido ao Serviço Nacional de Saúde, em 2021, mais de 400 milhões de euros”.
Ora a queixa feita aos deputados foi sobre a considerada “excessiva dependência” do Ministério das Finanças. “O facto de estar tudo nas mãos das Finanças apenas cria entropia e retira agilidade aos processos. Vejamos o Infarmed, que não tem autonomia e depende das taxas da Indústria Farmacêutica”, exemplificou.