APJF cria projeto para participação ativa no desenvolvimento da UE 381

O projeto European Youth to Health (EY2H) é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF) “que visa capacitar os jovens profissionais de saúde, e os jovens farmacêuticos em particular, para o envolvimento e participação ativa no desenvolvimento da União Europeia (UE) e de políticas públicas que respondam aos desafios da área da saúde e do desenvolvimento económico, social e ambiental”, explicou ao NETFARMA, Duarte Pinto, vogal da APJF.

A razão para a criação do projeto prende-se por “persistir uma lacuna substancial no entendimento e envolvimento dos cidadãos portugueses nos assuntos europeus”. Por isso, o EY2H “visa mitigar essa deficiência, oferecendo conhecimento e recursos essenciais para que os cidadãos portugueses possam participar de maneira mais eficaz no processo político da União Europeia”, argumentou o farmacêutico.

Previsto decorrer entre o último trimestre de 2024 e o final do ano de 2025, o projeto assenta, segundo o elemento da APJF, numa abordagem multilateral, “através do envolvimento dos jovens profissionais de saúde em iniciativas de educação não formal, workshops temáticos de discussão e formulação de recomendações e propostas para as políticas públicas e campanhas e ações de advocacy e campanhas públicas de consciencialização para a importância da cidadania europeia”, nomeadamente:

  • Realização de eventos presenciais e virtuais para instruir os participantes sobre uma variedade de temas relacionados com a política europeia, incluindo legislação, políticas setoriais e processos decisórios, com especial foco no setor da saúde.
  • Desenvolvimento e disseminação de conteúdos informativos digitais sobre a formulação de políticas setoriais e o funcionamento das instituições europeias. Ações de divulgação do projeto e principais resultados.
  • Realização de workshops temáticos para a discussão e desenvolvimento de propostas e recomendações sobre políticas públicas, especialmente focadas na área da saúde, de âmbito europeu.
  • Estabelecimento de parcerias com organizações da sociedade civil, instituições académicas e órgãos governamentais, a fim de ampliar o alcance e a eficácia do projeto.

O pontapé de saída do EY2H, porém, já aconteceu, com a organização do webinar “O Futuro do Projeto Europeu”, no dia 20 de maio.

“Os farmacêuticos têm de perder algumas das suas funções clássicas”

“Agentes de mudança positiva”

A APJF espera, em termos de objetivos, como sublinhou Duarte Pinto, que o EY2H “promova a discussão a nível europeu”, estando desenhado “para preparar os jovens profissionais de saúde, e concretamente os jovens farmacêuticos, de maneira abrangente, de modo a que os mesmos sejam capazes de enfrentar os desafios atuais e futuros da profissão, através de várias iniciativas integradas”.

Deste modo, “ao envolverem-se em atividades de educação não formal e workshops temáticos, os jovens farmacêuticos terão a oportunidade de expandir o seu conhecimento e de adquirir competências em áreas críticas, tais como: o desenvolvimento de políticas públicas, a economia da saúde, a sustentabilidade e a inovação”. Experiências educacionais que, segundo o elemento da APJF, “fornecem um entendimento mais profundo dos complexos sistemas de saúde e das dinâmicas políticas que influenciam a nossa profissão”.

O EY2H vai, assim, fortalecer “a nossa capacidade de adaptação e de resposta, de maneira proativa, aos desafios emergentes na área da saúde”, refere o farmacêutico, explanando que “através da aquisição de novas competências, e da criação de redes de contacto com outros jovens profissionais de saúde, estamos melhor equipados para enfrentar problemas como pandemias, crises de saúde pública e mudanças nas políticas de saúde e regulação”.

Em resumo, “ao capacitar-nos com conhecimento, competências e oportunidades de participação ativa, o Projeto EY2H prepara-nos não só para responder aos desafios atuais da profissão farmacêutica, mas também para sermos agentes de mudança positiva no desenvolvimento contínuo da saúde pública e da cidadania europeia”, conclui o farmacêutico.