APJF quer criar “um Pacto para a qualidade e valorização do trabalho dos farmacêuticos comunitários” 85

Consciente de desafios como o envelhecimento da força de trabalho da saúde, a crescente evolução científica, técnica e tecnológica, bem como o grande stresse psicológico, a Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF) defende “a criação de uma agenda conjunta com as entidades relevantes do setor farmacêutico, e da área de farmácia comunitária em particular, com o objetivo de promover o desenvolvimento pessoal, profissional e social dos farmacêuticos comunitários”. Deste modo, lança o seu mais recente projeto: “um Pacto para a qualidade e valorização do trabalho dos farmacêuticos comunitários”.

 

O inquérito

A  APJF pretende, desde logo, avaliar a perceção dos farmacêuticos comunitários sobre as suas condições de trabalho e de exercício da sua atividade profissional, bem como a sua satisfação e perspetivas sobre a profissão farmacêutica.

Por isso, com recurso a um inquérito, disponível até dia 15 de novembro, construído e validado metodologicamente, o projeto contará com um período de auscultação aos farmacêuticos comunitários e aos farmacêuticos que tenham exercido atividade profissional em farmácia comunitária nos últimos anos.

O Pacto

Posteriormente, pretende-se que os resultados deste estudo sejam apresentados num evento público e que sejam a base para a discussão e assinatura de um memorando de entendimento (o Pacto), entre várias entidades do setor, com medidas e objetivos para o desenvolvimento da profissão farmacêutica na área de farmácia comunitária.

A proposta para o pacto foi remetida à Ordem dos Farmacêuticos, ao Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, à Associação de Farmácias de Portugal, à Associação Nacional das Farmácias, à Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia e à Associação Portuguesa de Farmacêuticos para a Comunidade.

“Acreditamos que é essencial que exista uma reflexão conjunta de todo o setor e uma ação coordenada e colaborativa entre as principais organizações que representam a profissão e a atividade da farmácia comunitária”, disse o presidente da APJF, Lucas Chambel, em comunicado.

Para o responsável, existem “desafios para a atração, retenção e valorização de talento nas farmácias comunitárias, particularmente num contexto em que é altamente desejável e necessária uma maior integração dos farmacêuticos e das farmácias comunitárias no Serviço Nacional de Saúde”.

A assinatura de um compromisso entre todas as entidades “será um sinal importante para os farmacêuticos comunitários, para o setor farmacêutico, para os decisores políticos e para a sociedade em geral”, concluiu o presidente da APJF.