Apneia do sono: Espera para exames é sete vezes superior no SNS 793

Apneia do sono: Espera para exames é sete vezes superior no SNS

27 de Março de 2015

Um relatório publicado pela Direção-Geral da Saúde revela que os doentes com apneia obstrutiva do sono esperam, em média, quase sete meses por um exame no Serviço Nacional de Saúde que confirme a doença. Aqueles que recorrerem ao setor privado conseguem obter uma resposta no período de um mês.

O documento intitulado “Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono: epidemiologia, diagnóstico e tratamento” tem como base um estudo da Rede Médicos-Sentinela, composta por um grupo de 117 médicos de família que trabalham nos centros de saúde e que recolhem voluntariamente dados.

De acordo com estes profissionais de saúde, a demora dos diagnósticos pode trazer vários problemas aos doentes, já que a apneia pode ter «repercussões cardiovasculares», além de «efeitos na morbilidade e mortalidade e também alterações neuropsicológicas que propiciam a ocorrência de acidentes laborais e de viação», citou o “Público”.

Regra geral, outros estudos indicam que a apneia do sono afeta sobretudo os homens com mais de 40 anos e as estimativas apontam para que possa afetar até um total de 10% da população adulta.

Quanto a exames, o trabalho da Direção-Geral da Saúde diz que a quase totalidade dos doentes com o diagnóstico de apneia realizou um estudo do sono. O exame mais comum foi a polissonografia, seguida da poligrafia do sono, ambas feitas em mais de 80% dos casos através do Serviço Nacional de Saúde.