Na sequência da revisão 5% dos medicamentos com preços mais baixos, a APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares, enquanto representante do setor farmacêutico, “congratula as medidas anunciadas pelo Ministério da Saúde, apesar de insuficientes face às dificuldades que atravessamos”.
Para a Associação, que representa mais de 90% da indústria de medicamentos genéricos e biossimilares, “a implementação de novas políticas vai contribuir para a sustentabilidade e a eficiência a terapêuticas mais custo-efetivas, como são os medicamentos genéricos e biossimilares, assim como promover e continuar a potenciar o acesso à saúde”, salienta Maria do Carmo Neves, Presidente da Direção, em comunicado.
Tendo em conta o relato de diversas dificuldades sentidas pelas empresas representadas pela APOGEN, “o anúncio desta revisão de preços vem demonstrar que o atual Ministro da Saúde, está atento às dificuldades do setor e tem em consideração a produção e a distribuição de terapêuticas essenciais, como são os medicamentos genéricos e biossimilares”, reforça Maria do Carmo Neves.
Face ao atual período crítico sentido nas cadeias de fornecimento do setor dos medicamentos genéricos e biossimilares, a Presidente da APOGEN afirma que “esta é uma conquista muito significativa para toda a cadeia de valor, nomeadamente utentes, profissionais de saúde e indústria. A situação atual era insustentável, uma vez que os preços estavam há 20 anos a sofrer quebras acentuadas que tornavam o mercado pouco ou nada atrativo e, consequentemente, pouco competitivo. Este momento reflete o trabalho permanente de proximidade com a tutela que se operacionaliza com apresentação destas medidas”, salienta.
Considerando que os medicamentos genéricos e biossimilares contribuem a longo prazo para poupanças substanciais para o SNS e para as famílias portuguesas, a APOGEN reitera a sua disponibilidade para reforçar a confiança dos utentes no atual circuito de medicamentos genéricos e biosimilares, através de conversações concretas com os atores políticos. Deste modo, a APOGEN está igualmente aberta à colaboração institucional e à construção de pontes que permitam a adoção de modelos de convergência que permitam mitigar os problemas na produção e distribuição, que se irão continuar a sentir, pese embora este importante primeiro passo.
