Apreendidos quase 5.000 medicamentos ilegais em Portugal na Operação Pangea VII
23-Maio-2014
A Autoridade Tributária e o INFARMED apreenderam, de 13 a 20 deste mês, 4.972 medicamentos ilegais em Portugal, com um valor estimado de quase 20 mil euros, comunicaram ontem as duas entidades, que integraram a Operação Pangea VII.
Os medicamentos ilegais foram apreendidos de um total de 6.364 encomendas inspecionadas por equipas conjuntas da Autoridade Tributária e a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED), na central das encomendas postais, nas áreas da carga expresso de Lisboa e Porto e nas alfândegas do Funchal e Ponta Delgada.
Na inspeção no âmbito da Operação Pangea VII, realizada por 200 agências de 111 países, resultou a apreensão de 53, a maioria com medicamentos destinados ao tratamento da disfunção eréctil, emagrecimento e esteroides anabolizantes.
Em comunicado, a Autoridade Tributária e o INFARMED concluíram que, «apesar dos alertas, os portugueses continuam a comprometer gravemente a sua saúde ao adquirirem medicamentos pela internet, em websites não autorizados», citou a “Lusa”.
«A participação na operação Pangea VII e a colaboração entre as entidades envolvidas em Portugal (AT e INFARMED), ao longo do ano, demonstra que é necessário dar continuidade aos alertas públicos e às ações de cooperação, a nível nacional e internacional, para combater estas situações ilegais, tendo em vista a proteção da saúde pública», refere-se no documento.
A Operação Pangea VII foi a maior operação internacional de sempre no combate aos medicamentos falsificados, que culminou com a detenção de 239 indivíduos e a apreensão, em todo o mundo, de 7.636.826 unidades de medicamentos falsificados, potencialmente letais e com um valor estimado de 29.861.350 dólares (cerca de 21.811.400 euros).
Esta operação foi coordenada pela Interpol, com o apoio da Organização Mundial das Alfândegas (World Customs Organization – WCO), além de Permanent Forum of International Pharmaceutical Crime (PFIPC), Heads of Medicines Agencies, Working Group of Enforcement Officers (WGEO), Pharmaceutical Security Institute (PSI) e Europol, com o apoio de Center for Safe Internet Pharmacies (CSIP) e empresas do sector privado como Microsoft, G2, Visa, Mastercard, American Express, PayPal and LegitScript.
Durante as ações de fiscalização foram inspecionadas 543.531 encomendas postais, das quais 19.618 ficaram aprendidas por conterem medicamentos ilegais ou falsificados.
Adicionalmente, foram também identificados e desmantelados três laboratórios ilícitos na Colômbia. Esta operação visou igualmente as principais áreas exploradas pelo crime organizado no tráfico ilegal de medicamentos, como os sistemas electrónicos de pagamento e serviços de distribuição.