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Aprovado programa de combate à hepatite C, para 5 anos e no valor de 100 milhões

29 de setembro de 2014

O Ministério da Saúde vai lançar um programa a cinco anos de combate à hepatite C, para o qual disponibilizará já no próximo ano uma verba de 20 milhões de euros, anunciou o INFARMED na sexta-feira.

«Numa primeira fase, além das medidas em curso ao nível da prevenção primária, serão elegíveis para tratamento com diferentes combinações de fármacos, consoante o genótipo do vírus da hepatite C, pessoas que reúnam critérios para tratamento em função da gravidade da doença», explicou o INFARMED, num comunicado citado pela “Lusa”.

Deste modo, os doentes prioritários são aqueles cuja infeção se encontra em fase mais avançadas, sendo o tratamento progressivamente alargado àqueles que se encontram em fases mais precoces da doença.

As regras de tratamento são definidas por um conjunto de especialistas, exclusivamente de acordo com critérios clínicos que incluem a gravidade da doença.

Os ganhos em saúde obtidos em cada tratamento serão acompanhados e registados, o que implica obrigatoriamente o reporte, por parte dos hospitais, dos resultados dos tratamentos.

Só deste modo será possível fazer as adaptações necessárias à estratégia dos novos tratamentos que venham a ser autorizados.

O acesso aos novos medicamentos tem sido assegurado a doentes prioritários, estimados em 150 até ao final do ano, através de autorizações excecionais, concedidas pelo INFARMED de acordo com critérios clínicos pré-definidos e internacionalmente estabelecidos.

O INFARMED anunciou ainda que foi autorizado em Portugal um ensaio clínico que permitirá o tratamento a pelo menos 130 infetados, com um esquema terapêutico dos mais inovadores e desenhado para doentes com patologia em fase avançada de evolução.

A Autoridade do Medicamento sublinhou que Portugal está «fortemente empenhado» nas várias iniciativas que decorrem na Europa para redução de preços.

«Brevemente ficarão disponíveis medicamentos igualmente, ou ainda mais, eficazes para controlo da doença que promoverão custos de tratamento mais comportáveis para todos os portugueses», acrescentou.