“A diáspora portuguesa no setor da saúde (…) representa um ativo estratégico para o nosso país” 371

“O potencial do setor da saúde em Portugal é vasto e abrangente”, declara Joana Almeida.

Para a moderadora da discussão ‘Why (not) Portugal?’ – sobre investimento da Indústria Farmacêutica (IF) em Portugal e nos portugueses, que terá lugar durante o painel ‘The Power of Will’ do RETHINKING PHARMA, a reunião magna dos profissionais da Indústria Farmacêutica, que acontece dia 5 de junho no Centro de Congressos do Lagoas Park -, “o país dispõe de uma mão de obra altamente qualificada e de instituições de ensino superior de excelência. Além disso, a crescente procura por serviços de saúde de alta qualidade a nível global representa uma oportunidade para posicionar Portugal como um destino de excelência para o turismo de saúde”.

Joana Almeida é Head of Healthcare Abu Dhabi & Kuwait do Portuguese Business Council e Conselheira da Diáspora Portuguesa Médio Oriente e Saúde, mas também é farmacêutica e “como farmacêutica portuguesa, o desejo de transformar o setor da saúde em Portugal nasce de um profundo sentimento de pertença e de um reconhecimento do potencial inexplorado que o nosso país possui. Alicerçado numa história rica em termos de investigação e inovação, o sistema de saúde português apresenta oportunidades impares na transformação digital”.

 

A fuga de cérebros

A fuga de cérebros no setor da saúde “tem um impacto negativo significativo em Portugal”, declara a farmacêutica, argumentando que “a perda de talentos altamente qualificados enfraquece a capacidade de inovação das nossas instituições de saúde, dificulta a atração de investimento estrangeiro e limita o desenvolvimento de novas soluções para os desafios de saúde pública. Além disso, pode levar à escassez de profissionais de saúde em determinadas áreas, comprometendo a qualidade dos cuidados prestados à população”.

No entanto, é crucial reconhecer que “a diáspora portuguesa no setor da saúde, espalhada pelo mundo, representa um ativo estratégico para o nosso país. Estes profissionais, com a sua experiência adquirida em diferentes contextos e sistemas de saúde, possuem um conhecimento valioso que pode ser aproveitado para fortalecer o mercado de saúde português”, refere Joana Almeida, acrescentando que “é fundamental que instituições públicas, privadas e a academia estabeleçam mecanismos para atrair e reintegrar estes profissionais, criando condições que os motivem a voltar a Portugal ou a colaborar em projetos de investigação e desenvolvimento. A sua experiência internacional pode ser crucial para acelerar a inovação, atrair investimento e fortalecer a internacionalização do setor da saúde em Portugal”.

Em suma, “ao aproveitar o potencial da diáspora, o país poderá não só mitigar os efeitos negativos da fuga de cérebros, como também impulsionar o desenvolvimento de um sistema de saúde mais eficiente, inovador e internacionalmente competitivo”.

 

Investir em Portugal e minimizar a fuga de cérebros

Posto isto, para Joana Almeida, “vale a pena insistir no investimento farmacêutico em Portugal, mesmo perante o desafio da fuga de cérebros”.

Por isso, para a conselheira da Diáspora Portuguesa Médio Oriente e Saúde, “investir em Portugal significa apostar num ecossistema de inovação em crescimento, com um potencial significativo para gerar valor acrescentado e criar empregos qualificados“. Ao criar um ambiente atrativo para a investigação e o desenvolvimento, “podemos minimizar a tendência da fuga de cérebros, otimizar a relação dos portugueses que optaram por trabalhar fora com o mercado da saúde nacional e atrair novos talentos para o país”.

 

‘Why (not) Portugal?’

O debate será moderado por Joana de Almeida.

À moderadora juntam-se Nuno Prego Ramos, Founder & CEO da Valvian, Raúl Saraiva, Chief Scientific Officer & Venture Partner da 3xP Global, e Joana Piriquito Santos, Founding Partner na NLP Law Firm.

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RETHINKING PHARMA é uma iniciativa da PHARMAPLANET em parceria com a revista MARKETING FARMACÊUTICO, o meio de referência do setor. Este evento conta com o patrocínio da RANGEL LOGISTICS SOLUTIONS e da OCP Portugal, e com o apoio da P-BIO e da Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing (APPM). A revista FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO, FARMÁCIA CLÍNICA e o Portal NETFARMA são media partners do evento.