AR debate projetos de resolução para reconhecer doentes fibromiálgicos 25 de Junho de 2015 A Assembleia da República (AR) debate hoje em plenário uma petição e três projetos de resolução do PSD/CSD-PP, PCP e Bloco de Esquerda que visam o reconhecimento dos doentes com fibromialgia.
A petição com 5.064 assinaturas, lançada pela Associação Portuguesa de Doentes com Fibromialgia (APDF), refere que existem mais de 500.000 doentes em Portugal, «onde a patologia está já reconhecida», mas os pacientes continuam «sem quaisquer direitos», citou a “Lusa”.
Os três projetos propõem várias medidas para reconhecer as especificidades destes doentes, como adequar horários de trabalho, criar incentivos para a sua empregabilidade, e divulgar informação sobre a fibromialgia nos cuidados de saúde.
O PSD e os CSD-PP referem no projeto que o desconhecimento e dificuldade em diagnosticar a doença têm contribuído para «o não tratamento atempado e adequado por parte dos profissionais de saúde, não raro sem formação especializada para o efeito» e para «a manutenção de uma certa desvalorização» da fibromialgia na sociedade e no mundo laboral.
Os comunistas propõem, por seu turno, entre outras medidas, a implementação de uma «tabela de incapacidades e funcionalidades em saúde, que seja sensível às incapacidades decorrentes desta doença crónica» e o acesso gratuito aos medicamentos «indispensáveis à melhoria da qualidade de vida» destes doentes.
O Bloco de Esquerda também recomenda, no projeto de resolução, «a implementação de medidas pelo reconhecimento e proteção das pessoas com fibromialgia».
Para o BE, é essencial que estes doentes vejam «a sua doença efetivamente reconhecida», assegurando o seu acesso à proteção na saúde, reconhecendo e «acautelando as incapacidades advindas das especificidades» da doença.
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