ARS – Centro garante que Hospital do Fundão continuará no SNS 23 de dezembro de 2014 A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) garantiu ontem que o Hospital do Fundão continuará integrado no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e manterá as valências, apesar do processo de devolução à misericórdia local. Em comunicado, a ARS aponta que, «à semelhança dos acordos já firmados com os hospitais de Anadia, Fafe e Serpa, todas as unidades devolvidas continuarão integradas no SNS, não se verificando qualquer redução de valências existentes». No esclarecimento, citado pela “Lusa”, é ainda referido que «os processos de devolução dos hospitais às misericórdias têm em atenção as necessidades específicas da população da respetiva área de influência» e que visam «melhorar a qualidade e o acesso à prestação dos cuidados de saúde de proximidade». Este esclarecimento surge na sequência da assinatura que decorreu dia 16 em Lisboa do terceiro “Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário”, no qual está prevista a passagem dos hospitais de Santo Tirso, de São João da Madeira e do Fundão para a alçada das misericórdias locais. Depois da assinatura do acordo, a Santa Casa da Misericórdia do Fundão (SCMF) já afirmou que esta é uma «oportunidade para inverter o processo de esvaziamento de serviços» do hospital, garantindo que reivindicará a manutenção e reforço das valências no processo negocial que se iniciará em breve. Por outro lado, o conselho de administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira (estrutura em que o Hospital do Fundão está integrado) informou que não foi ouvido sobre a eventual cedência e o presidente da Câmara Municipal do Fundão mostrou «estranheza» e «muita preocupação» pela forma como o processo foi conduzido, tendo anunciado que já pediu uma reunião «com caráter de urgência» ao Ministério da Saúde. Já a Assembleia Municipal do Fundão aprovou por unanimidade uma moção de contestação, na qual manifesta as «maiores reservas» relativas aos procedimentos e timings do processo e que apresenta um conjunto de reivindicações a ter em conta no processo negocial. Em comunicado, a Câmara da Covilhã afirmou o seu «repúdio» pela transferência da gestão, o que classificou como uma «forte machadada» ao CHCB. A União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB) também está contra a devolução e, também em comunicado, apelou às forças políticas para que se mobilizem para travar o que classificou de «negociata obscura». |