ARS do Algarve rejeita acusação dos sindicatos de falta de investimento na saúde
25 de Agosto de 2014
A Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS) rejeitou no sábado as críticas de falta de investimento na região referidas na sexta-feira pelos sindicatos do setor durante a greve de profissionais dos serviços de saúde públicos algarvios.
A direção daquele instituto público esclareceu que em 2014 já contratou 22 médicos e 45 enfermeiros para o Centro Hospitalar do Algarve e que tem cerca de 90 vagas para médicos de medicina geral e familiar e 46 vagas para especialistas da área hospitalar, entre outras carreiras profissionais.
De acordo com o comunicado emitido pela ARS/Algarve, foi autorizada a abertura de mais 105 vagas para médicos de diversas especialidades da área hospitalar cujos, concursos deverão abrir brevemente.
A reação da ARS/Algarve surge na sequência das críticas do Sindicato de Enfermeiros Portugueses do Sindicato da Função Pública do Sul que esta sexta-feira promoveram uma greve dos profissionais dos serviços de saúde públicos algarvios.
Os dados dos sindicatos apontam para uma adesão à greve na ordem dos 80 a 90% de profissionais que demonstraram o seu desagrado com os problemas com que se debatem no seu quotidiano laboral, nomeadamente a falta de profissionais e de material ou o adiamento de exames.
Em comunicado, a ARS/Algarve assegura que as alterações organizativas realizadas na rede hospitalar da região e os recursos financeiros disponíveis permitiram reduzir os custos de exploração e assegurar a sustentabilidade financeira do Centro Hospitalar do Algarve, citou a “Lusa”.
Entre 2011 e 2013, acrescenta, foram canalizados 74 milhões de euros para as unidades hospitalares da região com vista ao reequilíbrio financeiro e regularização de dívidas a fornecedores, tendo em janeiro deste ano a dívida do Centro Hospitalar do Algarve sido convertida em reforço do seu capital estatuário em cerca de 75 milhões de euros, incluindo o perdão de juros no montante de 5,3 milhões de euros.