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Associação: Comissão de cuidados paliativos vai permitir respostas em tempo útil

17 de Junho de 2016

O presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos afirmou ontem que a tomada de posse da comissão nacional, quatro anos depois ter sido criada, vai permitir começar a dar resposta em tempo útil às pessoas que necessitam de cuidados.

Manuel Capelas falava à “Lusa” a propósito do protocolo assinado com o Ministério da Saúde e o Observatório Português dos Cuidados Paliativos do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, que tem como objetivo «a colaboração, o desenvolvimento de ideias, monitorizar e avaliar».

Para o presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), a assinatura deste protocolo representa um «grande marco, porque é a primeira vez que o observatório tem um acordo com ministério, para podermos trabalhar com dados fidedignos».

Mas mais do que o protocolo, Manuel Capelas destaca a «tomada de posse, quase 4 anos depois, de comissão nacional de cuidados paliativos», através de despacho publicado na quarta-feira.

«Temos neste momento condições políticas e profissionais para pensar de forma estruturada nos cuidados paliativos em Portugal», afirmou.

Na opinião de Manuel Capelas, atualmente «as coisas não estão bem do ponto de vista de qualidade, quantidade e equidade do processo».

Segundo a APCP, dez anos depois da criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados ainda existem distritos sem qualquer unidade de cuidados paliativos a funcionar como é o caso de Viana do Castelo, Aveiro e Leiria.

No entanto, o responsável acredita que a comissão nacional de cuidados paliativos vai permitir desenvolver estas unidades e «passar das ideias à prática», e mostra-se disponível para colaborar no levantamento do número de profissionais com formação específica em cuidados paliativos, para melhor planeá-los e desenvolvê-los.

«Estamos disponíveis para colaborar no desenvolvimento equitativo, para que os cuidados cheguem às pessoas, no tempo útil em que as pessoas precisam», afirmou, sublinhando que «é preciso acreditar e colaborar com esta equipa».

O presidente da APCP diz que a comissão nacional – criada em 2012, mas nunca efetivada – vai agora «dar resposta à Lei de Bases dos Cuidados Paliativos».

«Esperemos, porque as pessoas são competentes e têm formação na área, que agora deem prossecução aos objetivos da lei: dar acesso em tempo útil, dar resposta aos cidadãos que precisam, em função das suas necessidades», afirmou.