Associação quer estatuto de doente crónico para quem tem hipertensão pulmonar 13-Mar-2014 A Associação de Hipertensão Pulmonar quer o estatuto de doente crónico para quem sofra da doença e recorda que a petição já foi aprovada em Assembleia da República mas o Governo ainda não elaborou a legislação, disse hoje uma responsável. «Os doentes têm de estar protegidos», defendeu Teresa Carvalho, da Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar (APHP), frisando que estes doentes, aos olhos da medicina, «são doentes crónicos», mas a lei «não inclui estes doentes», considerando-os «como incapacitados, como se fosse um acidente de trabalho». A associação defende proteção jurídica, recordando que quem sofra desta doença, por não ser considerado doente crónico, «não está isento de taxas moderadoras», explicou. Teresa Carvalho sublinhou que a hipertensão pulmonar «é uma doença que tem uma taxa de mortalidade igual à de muitos cancros» e que os doentes, recorrentemente, «são mal diagnosticados, porque os sintomas são confundidos com a asma». No comunicado de imprensa enviado pela APHP, a associação critica a «inépcia do governo que está há 44 meses para legislar sobre as matérias desta doença e, como tal, os seus doentes são vítimas de discriminação». A inexistência de uma tabela de incapacidade para os doentes crónicos, que acabam por estar na tabela de doenças profissionais e acidentes de viação, conduz a «situações de arbitrariedade e desigualdade», refere a mesma nota citada pela “Lusa”. Para tal, a associação irá realizar uma ação de sensibilização no domingo, na Mealhada, onde está sediada, em que promove uma caminhada solidária, a iniciar-se às 09:30, no local de passagem da rota portuguesa dos caminhos de Santiago de Compostela. Todos os participantes da caminhada irão de lábios pintados com batons azuis, que serão distribuídos na iniciativa, como forma de simbolizar a hipertensão pulmonar, em que um dos sintomas é «a coloração dos lábios», contou Teresa Carvalho. Depois da caminhada, no dia 31 de março, seis peregrinos e dois atletas veteranos, Aurora Cunha e Baltasar Sousa, irão partir do Porto até Santiago de Compostela, aproveitando a peregrinação, patrocinada pela APHP, para divulgar os problemas que afetam os doentes, ao longo do caminho. A peregrinação está prevista terminar a 5 de abril. |