Associação: Técnicos de farmácia estão aptos a realizar testes ao VIH
21 de março de 2018 A Associação Portuguesa de Licenciados em Farmácia refere que os técnicos de farmácia estão «perfeitamente aptos» a realizar testes de rastreio ao VIH e hepatites nas farmácias, salvaguardando a confidencialidade e o sigilo necessários. Há mais de uma semana foi publicado em Diário da República um despacho que vem permitir realizar testes de rastreio ao VIH e às hepatites B e C nas farmácias. O presidente da Associação de Licenciados em Farmácia, João Joaquim, lembra que os técnicos de farmácia «são formados em instituições de Ensino Superior, numa licenciatura de quatro anos» e que conhecem o seu nível de responsabilidade civil e profissional, bem como o respeito pelo sigilo e confidencialidade. João Joaquim entende que os técnicos estão preparados para a realização dos novos testes nas farmácias, embora reconheça que é necessária formação adicional, quer para técnicos quer para farmacêuticos. A associação contesta declarações do bastonário da Ordem dos Médicos, que pediu que fossem os farmacêuticos e não os técnicos de farmácia a realizar estes testes. Em declarações à “Lusa”, quando foi publicado o despacho, Miguel Guimarães apelou para que fosse salvaguardada a confidencialidade dos utentes e dos resultados e pediu que fossem os farmacêuticos, e não os técnicos de farmácia, a realizar estes testes. Em resposta, a Associação Portuguesa de Licenciados em Farmácia escreveu uma carta aberta ao bastonário da Ordem dos Médicos, considerando que «um bastonário não deve opinar sobre outras profissões de forma leviana e superficial e muito menos mostrar o desconhecimento patente na afirmação». Segundo estes profissionais, a associação profissional tem aprovada uma carta ética e um código deontológico que orientam a prática profissional. A Associação julga que o bastonário dos Médicos se equivocou e «estará certamente a referir-se aos antigos ajudantes técnicos de farmácia». «Como certamente não desconhecerá, esta é uma profissão regulada e com igual dignidade e autonomia técnica de exercício profissional dos demais grupos profissionais da saúde», refere a carta aberta dirigida ao bastonário dos Médicos. |