A AstraZeneca informou ontem que obteve um lucro líquido de 115 milhões de dólares (100 milhões de euros) em 2021, menos 96% do que em 2020.
Num comunicado divulgado pelo “Diário de Notícias”, a empresa anglo-sueca avançou que, em 2020, o lucro líquido tinha ficado situado nos 3.144 milhões de dólares (2.751 milhões de euros) e que registou uma perda antes de impostos de 265 milhões de dólares (231 milhões de euros) em 2021, em comparação com o lucro antes de impostos de 3.916 milhões de dólares (3.426 milhões de euros) em 2020.
O lucro operacional da empresa foi de 1.056 milhões de dólares (924 milhões de euros) em 2021, menos 79,5% do que no ano anterior, enquanto as receitas totais atingiram 37.417 milhões de dólares (32.739 milhões de euros) em 2021, mais 40,5% do que nos 12 meses anteriores.
Os valores incluem as receitas da vacina contra a covid-19, que ascenderam a 4.000 milhões de dólares (3.500 milhões de euros), embora a empresa tenha sempre indicado que não vende a preparação para ter lucro.
A companhia indicou ter concluído a aquisição do fabricante americano de medicamentos Alexion em 21 de julho de 2021.
Devido à crescente confiança no crescimento futuro do fabricante de medicamentos e na geração de dinheiro, a administração da empresa pretende aumentar o dividendo anual em dez cêntimos para 2,90 dólares, o primeiro aumento numa década.
O ativo total da empresa era de 105.363 milhões de dólares (92.192 milhões de euros) em 31 de dezembro de 2021, o que representa um aumento de 57,8% em relação ao período homólogo do ano anterior.
A dívida líquida da empresa era de 24.322 milhões de dólares (21.281 milhões de euros) em 31 de dezembro de 2021.
A empresa salienta que dispõe de bons recursos financeiros e que, em 31 de dezembro de 2021, estes ascendiam a 11.200 milhões de dólares (9.800 milhões de euros).
Os diretores da companhia acreditam que a empresa está bem posicionada para lidar “com sucesso” com potenciais riscos para o negócio, diz o comunicado, acrescentando que há uma avaliação positiva das fases de experimentação de novos medicamentos.
“A AstraZeneca continuou a trajetória de forte crescimento em 2021”, disse o presidente executivo (CEO) da empresa, Pascal Soriot, acrescentando que a empresa cumpriu a promessa de acesso amplo e equitativo à sua vacina contra a covid-19 através da entrega de 2.500 milhões de doses para fornecimento a nível mundial.
O crescimento da AstraZeneca tem sido equilibrado em todas as suas áreas estratégicas e tem registado incremento em todas as regiões, incluindo mercados emergentes, revelou o CEO.