O laboratório da AstraZeneca pediu à Autoridade Norte-americana do Medicamento (FDA, na sigla inglesa) uma autorização de emergência para um tratamento com anticorpos inédito para prevenir a infeção pelo novo coronavírus.
A empresa revelou que o tratamento, conhecido por AZD7442, é a primeira combinação de anticorpos de longa ação a receber uma autorização de emergência para a prevenção do vírus SARS-CoV-2.
Caso seja autorizado, o medicamento será limitado às pessoas com sistema imunológico comprometido ou àquelas que não receberam uma proteção suficiente com a vacinação.
A FDA já autorizou três outros medicamentos com anticorpos, incluindo dois que podem ser administrados para prevenir o surgimento de sintomas após uma possível exposição à covid-19.
O medicamento da AstraZeneca seria administrado como medida preventiva em pessoas com as defesas imunológicas enfraquecidas. A autoridade norte-americana enfatizou que os medicamentos com anticorpos não substituem a vacinação, dado que ainda é a forma mais eficaz e duradoura de proteção contra o novo coronavírus.
Além disso, estes medicamentos com anticorpos também têm elevados custos de produção e requerem injeção intravenosa, bem como profissionais de saúde capazes de proceder à sua administração.
Os últimos ensaios demonstraram que o medicamento de anticorpos da AstraZeneca reduziu o risco de desenvolver covid-19 sintomático em 77%.
«As pessoas vulneráveis, como as imunodeprimidas, muitas vezes não têm capacidade para criar uma resposta protetora após a vacinação e continuam a correr o risco de desenvolver covid-19», sublinhou Mene Pangalos, vice-presidente executivo de pesquisa da AstraZeneca, citado pela Lusa.