AstraZeneca recusa reavaliar proposta da Pfizer apesar das pressões dos acionistas 655

AstraZeneca recusa reavaliar proposta da Pfizer apesar das pressões dos acionistas
22-Maio-2014

Têm sido vários os acionistas a defender publicamente que a AstraZeneca deve rever a terceira oferta da Pfizer. A farmacêutica britânica diz que é legalmente impossível considerar uma nova proposta.

Não há volta a dar, garante a Astrazeneca. A farmacêutica britânica recusa-se a reconsiderar a proposta de69 mil milhões de libras (cerca de 85 mil milhões de euros) apresentada pela Pfizer e já recusada na segunda-feira, 19 de maio. O argumento é o usual: a oferta da americana subvaloriza o potencial de crescimento previsto para os próximos anos.

Na terça-feira, Leif Johansson, o chairman da AstraZeneca, afirmou que era necessário «tornar claro» que um aumento da proposta da Pfizer «é legalmente impossível» – motivo que justifica, por si, o fim das pressões dos investidores.

Citado pelo “The Guardian”, Johansson «aconselha fortemente os acionistas a não tomar nenhuma ação».

É que, perante a terceira rejeição às propostas da Pfizer, os acionistas da companhia britânica dividem-se no que diz respeito à qualidade da decisão. Os mais descontentes vieram a público defender que a administração da farmacêutica deve rever a decisão, que consideram benéfica para o futuro da empresa.

Outros são os que apoiam a AstraZeneca e acreditam que a empresa pode crescer sozinha tendo em conta os novos tratamentos que estão a ser testados. A farmacêutica já tinha anunciado que, nesse sentido, espera lucros recorde de 45 mil milhões de dólares em 2023, apontou o “Jornal de Negócios”.

A Pfizer, diz o “New York Times”, não deverá avançar com uma nova proposta para criar aquela que seria a maior farmacêutica do mundo.