Ataques de ransomware a organizações de saúde aumentaram 94% em 2021 446

A Sophos, fornecedora de soluções de cibersegurança de próxima geração, no mais recente relatório “The State of Ransomware in Healthcare 2022”, mostra um aumento em 94% nos ataques de ransomware às organizações de saúde inquiridas. “De facto, em 2021 66% das instituições de serviços de saúde foram atacadas”, revela a empresa.

No entanto, a Sophos explica que “as instituições deste setor estão a melhorar a sua forma de lidar com as consequências dos ataques de ransomware”. De acordo com os dados do inquérito, “99% das organizações atingidas receberam de volta pelo menos alguns dos seus dados após os cibercriminosos os terem encriptado”. “Os ataques de ransomware a organizações de saúde são mais complexos do que noutras indústrias, tanto em termos de proteção como de recuperação,” afirma John Shier, Senior Security Expert da Sophos em comunicado. “Os dados que as organizações de saúde recolhem são extremamente sensíveis e valiosos”, garante.

O relatório mostra que “as organizações de cuidados de saúde registaram o segundo maior custo médio de recuperação de ransomware (1.75 milhões de euros)”, com 67% das entidades a revelam que, com base na sua experiência, os ciberataques são mais complexos. “Embora as organizações de saúde sejam as que mais frequentemente pagam o resgate (61%), são também as que o pagam o menor valor médio (aproximadamente 187 mil euros), em comparação com a média global de 769 mil euros (em todos os setores inquiridos no estudo). Contudo, apenas 2% das organizações que pagaram resgate receberam os seus dados de volta.

“Há cada vez mais organizações da área da saúde (78%) a optar por contratar ciberseguros – contudo, 93% destas reporta mais dificuldades em obter cobertura de apólices no último ano. Com o ransomware a ser o maior impulsionador de pedidos de seguros, 51% relata que o nível de cibersegurança necessário para se qualificar é maior, colocando mais pressão sobre as instituições de saúde com orçamentos mais baixos e menos recursos técnicos disponíveis”, continua a empresa. O relatório, que inquiriu 5.600 profissionais de TI (Tecnologias da Informação), incluindo 381 no setor da saúde, pode ser consultado aqui.